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Audiência pública debate mais uma vez o caos no trânsito de Picos

Apesar da participação expressiva das autoridades, nenhuma medida concreta para minimizar o problema foi apresentada ao final do debate.

Em atendimento a uma solicitação da Cáritas Diocesana, a Câmara Municipal de Picos realizou na tarde da última quarta-feira, 10 de novembro, uma audiência pública para debater mais uma vez o caos no trânsito da cidade, considerada proporcionalmente como uma das mais violentas do país neste item, com o registro de vários acidentes, muitos deles com vítimas fatais.
Imagem: José Maria BarrosAudiência pública contou com a presença de autoridades e represententas da socieade civil organizada(Imagem:José Maria Barros)Audiência pública contou com a presença de autoridades e represententas da socieade civil organizada
Presidida pelo vereador Iata Anderson Rodrigues de Alencar Coelho (PSB), a audiência pública contou com a presença do prefeito Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB); bispo diocesano de Picos, dom Plínio José Luz da Silva; superintendente do Departamento Municipal de Trânsito, Alan Kardette; diretor do Detran, Aníbal Neiva; além de representantes de órgãos ligados à segurança e de entidades da sociedade civil organizada.

Antes do início dos debates, a Cáritas Diocesana apresentou um vídeodocumentário produzido com o objetivo de impulsionar a reflexão sobre os riscos do trânsito, com depoimentos narrando à história de pessoas que sobreviveram graças ao uso capacete, e muitos outros que não tiveram a mesma chance.
Imagem: José maria BarrosEstudantes e populares lotaram as galerias da Câmara de Picos(Imagem:José maria Barros)Estudantes e populares lotaram as galerias da Câmara de Picos
Durante os debates, nenhuma proposta nova foi apresentada e as autoridades presentes preferiram colocar a culpa nos motoqueiros e motoristas para o aumento da violência no trânsito de Picos, esquecendo-se de que o poder público é o responsável em melhorar a sinalização, pela fiscalização e também pelas condições das vias públicas que estão esburacadas.

Neste sentido, o padre Franklin Santiago, Pároco da Paróquia de São Francisco de Assis no bairro Junco, denunciou a falta de sinalização no cruzamento das BR’s 316 e 407, na altura da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), onde diariamente centenas de estudantes correm risco de vida ao ultrapassarem a pista de um lado para o outro.

Nos depoimentos dados durante a audiência pública, policiais de trânsito apontaram como principal motivo para os índices de acidentes em Picos, o uso exagerado de bebida alcoólica e a não utilização de capacete por parte dos motoqueiros. Na contramão desse pensamento, meses atrás o vereador e vice-presidente da Câmara Iata Anderson chegou a propor a proibição do uso do capacete no perímetro urbano para combater o número de assaltos, que também é muito alto na cidade.

Discussão inócua

Esta não foi a primeira vez que a Câmara Municipal de Picos realizou uma audiência pública para tratar sobre o caos no trânsito da cidade. No entanto, apesar dos insistentes debates, nenhuma providência efetiva foi adotada pelo poder público para pelo menos minimizar o problema. Por isso a população considera como inócua este tipo de iniciativa, já que nada do que é debatido sai do papel.
Imagem: José Maria BarrosPor falta de iniciativas concretas trânsito de Picos continua caótico(Imagem:José Maria Barros)Por falta de iniciativas concretas trânsito de Picos continua caótico
Sinalização deficitária, semáforos sem funcionar, motoqueiros circulando em alta velocidade e sem utilizar os equipamentos de segurança, principalmente o capacete; motoristas e motociclistas sem habilitação, fiscais de trânsito sem qualificação e indicados por apadrinhamento político, são alguns dos motivos apresentados pela população para a o caos no trânsito da cidade.

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