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Reitor da UESPI concede entrevista ao GP1 e fala sobre a atual situação da universidade

Com quase dois meses de gestão, Carlos Alberto fala das dificuldades e dos planos para a universidade.

Imagem: Wanessa Gommes do GP1Carlos Alberto(Imagem:Wanessa Gommes do GP1)Carlos Alberto
A reportagem do GP1 conversou com o reitor da UESPI, Carlos Alberto, que falou sobre as dificuldade encontradas por ele ao assumir a reitoria e em que situação a universidade se encontra.

GP1- Como o senhor encontrou a universidade estadual do Piauí?

Carlos Alberto - Não houve transição, por conta disso encontramos vários problemas dentro da universidade, por exemplo, na questão patrimonial, no acervo financeiro, na questão pessoal, a gente não tinha o conhecimento devido dessa distribuição dentro da universidade, foi por isso que a gente solicitou que fosse feito uma auditoria externa para a gente ter esse conhecimento geral.

GP1- Quando sai o resultado dessa auditoria?

Carlos Alberto - O inventário da universidade é gigantesco, ela está presente em mais de 26 municípios, então o pessoal da comissão tá trabalhando e já fizeram o levantamento de vários municípios, a gente tá esperando essa conclusão.

GP1- Já é possível apontar alguma irregularidade encontrada pela auditoria?

Carlos Alberto - Sim. Com relação a atuação da FAUESPI(fundação de apoio à universidade), houve uma quebra de uma das cláusulas do contrato, que é a prestação de contas, conforme informou a auditoria interna da universidade. Acreditando nessa auditoria, nós cancelamos o contrato e estamos esperando a Fundação se manifestar no prazo estabelecido, esse foi um dos pontos que a gente encontrou, mas os auditores estão na universidade fazendo sua avaliação e a auditoria externa também está fazendo essa avaliação e de posse desses levantamentos gerais a gente vai poder tomas as providências cabíveis com relação a estrutura da universidade que a gente encontrou, porque a gestão passada simplesmente, no palácio do governo, nos passou a universidade sem nos dar as documentações devidas, o acervo patrimonial da universidade e muito menos o acervo financeiro, só foi deixado um relatório que foi postado na internet.

GP1- Nesses quase dois meses de gestão, já deu tempo de realizar algum de seus projetos?

Carlos Alberto - Ainda não, nós estamos primeiro arrumando a casa, fechamos hoje (19) a questão do organograma da universidade, para fazer a complementação, fazer a comparação, com o quadro real que a gente tem com o quadro de necessidade da universidade e esperamos encaminhar ao governador e ele encaminhar ao legislativo.

GP1- Qual a atual situação financeira da UESPI?

Carlos Alberto - Não muito diferente das outras universidades no Brasil como um todo, nós temos uma estrutura muito grande para o orçamento que a universidade tem, essa discussão já vem sendo feita com o governo do estado há muito tempo e essa discussão não é só com o governo do estado, mas também com a assembléia legislativa, que faz a aprovação do orçamento do estado, nosso propósito agora é fazer um levantamento real das necessidades da universidade, do que a gente precisa e quais são as intenções de desenvolvimento da universidade. Nós estamos fazendo esse levantamento orçamentário e nós iremos até a assembléia legislativa fazer a discussão com os deputados e apresentar atual situação da universidade, para tentar alterar esse orçamento, a questão não é só orçamentária, mas também financeira, porque depende também do financeiro do estado, mas nós acreditamos que conseguindo mostrar para aquela digna casa, que é a assembléia legislativa, das reais necessidades da universidade, nós iremos conseguir aumentar esse orçamento.

GP1 – Quantos cursos a universidade disponibiliza atualmente no interior e no estado? Quantos alunos?

Carlos Alberto
- A universidade está presente em mais de 26 municípios e tem cerca de 17 bacharelados e 12 licenciaturas, a universidade tem várias turmas, tem local que tem dois cursos, os cursos são oferecidos de acordo com a necessidade de cada local. A última previsão feita tínhamos cerca de 16 mil alunos, mas depois do vestibular, acreditamos que tem um pouco mais de 20 mil alunos.

GP1 - A ex-reitora batia de frente com o sindicato dos professores, servidores e os representantes do DCE. Como está a relação com essas entidades? O senhor já conversou com os representantes dessas entidades?

Carlos Alberto - Nós sempre entendemos que a reitoria da universidade deve dialogar com todos os segmentos que fazem a universidade, eu sempre tive um diálogo muito aberto com todos os sindicatos da universidade, afinal de contas eu continuo como professor da universidade, eu continuo participando das reuniões dos sindicatos, nós temos que entender que isso é uma parceria, nós até convivemos bem, o que é do sindicato é do sindicato o que é da universidade é da universidade, o sindicato tem que entender isso, eu sempre fui aberto ao diálogo.

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