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Professores da UFPI podem aprovar greve em assembleia a ser realizada nesta terça

Os docentes reivindicam a unificação das carreiras com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso salarial de R$ 2.329

Os professores da UFPI decidem hoje (15) se entram ou não em greve por tempo indeterminado. A decisão será tomada em assembléia geral extraordinária da categoria a partir das 16h simultaneamente em todos os campi da UFPI. A expectativa é que os docentes iniciem o movimento grevista no dia 30 de maio.

Na tentativa de desmobilizar a greve, o governo federal editou nesta segunda-feira, 14, Medida Provisória garantindo a incorporação da Gemas (Gratificação do Magistério do Ensino Superior) e da Gebtt (Gratificação do Ensino Básico Técnico Tecnológico) ao vencimento básico e o reajuste de 4% no salário-base. Porém, o documento desconsidera o eixo central de reivindicação da categoria na Campanha Salarial 2012, que é a reestruturação da carreira docente.

“Ao editar a Medida Provisória às vésperas da deflagração da greve, o governo pretende desmobilizar os docentes e enfraquecer nosso movimento”, afirma Mário Ângelo, presidente da Adufpi.

Imagem: Mariana Viana/GP1Mário Ângelo, presidente da Adufpi(Imagem:Mariana Viana/GP1)Mário Ângelo, presidente da Adufpi

Segundo ele, a edição da MP somente agora mostra como o governo desrespeita os docentes das Ifes, pois se houvesse vontade política já poderia ter feito isso antes, sem causar desconforto aos professores. “Essa atitude do governo mostra também que nossa mobilização tem força e podemos conseguir mais, pois 4% não correspondem nem a inflação do período. Queremos a reestruturação de nossa carreira e a valorização de nosso trabalho”, enfatiza Mário Ângelo.

Os docentes reivindicam a unificação das carreiras com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso salarial de R$ 2.329,35, e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.

A categoria cobra, ainda, reajuste salarial referente a 2012. “O texto da MP corresponde apenas a um acordo assinado em 2011. Para 2012, não temos qualquer aumento e a perspectiva é que não tenhamos nada em 2013, caso não nos mobilizemos, pois a Lei de Diretrizes Orçamentárias construída pelo governo não prevê aumento nas despesas com pessoal”, explica Mário Ângelo.


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