"Não sei que se passou na cabeça da pessoa",diz assessora sobre decisão de demissão de Ciro Nogueira

Denise Rocha, ex-assessora do senador Ciro Nogueira, afirmou que ainda não entendeu o motivo de sua demissão após um vídeo de sexo dela com um policial ter vazado no Congresso. Assistido por parlamentares e jornalistas que acompanham a CPI do Cachoeira, o vídeo fez com que Denise ganhasse a alcunha de “furacão” ou “musa da CPI”. Denise que trabalhava a dois anos como advogada no gabinete do senador disse que se sente desmoralizada.

• Prima de terceiro grau de Ciro Nogueira, Denise Rocha foi demitida após a divulgação do vídeo que ganhou destaque nos principais meios de comunicação do Brasil. “Isso me desmoralizou, está acabando com a minha vida”, desabafa. Ela ainda diz que não sabe como enfrentar novamente os parlamentares do Congresso. “Eu vou passar, vão olhar… Eu vou cumprimentar os senadores, deputados, e vou achar que eles estão me vendo pelada. A impressão vai ser essa. Por isso estou indo ao psicólogo, ao psiquiatra. Estou tomando remédio e tudo…”, disse em entrevista ao site Congresso em Foco.

A advogada ainda disse não entende o motivo da demissão. Ela lembra que recebeu apoio de parlamentares, amigos, servidores e até de gente desconhecida, por meio de mensagens na internet. Ela diz não entender por que Ciro Nogueira decidiu exonerá-la. “Não sei o que se passou na cabeça da pessoa, vendo que a opinião pública toda estava contra a demissão. Mesmo assim exonerou. Mas não posso dar um juízo de valor sobre ele”, lamenta a advogada, lembrando que, em um primeiro momento, o senador se disse “constrangido”, para depois mudar o posicionamento e dizer que Denise era “uma profissional excelente”.

Apesar de ser demitida, a advogada diz esperar que após o que aconteceu com ela, tem a esperança de que a sua história torne mais dura a legislação para quem divulga imagens íntimas de outras pessoas sem a sua permissão. “Do dia para a noite, vários deputados e senadores levantaram a bandeira. Mais de 70 projetos estão sendo discutidos por causa disso [divulgação de material particular em meio virtual]”. Logo, em seguida, porém, ela volta à sensação de profundo desconforto que a acompanha nos últimos dias. “Mas, no final das contas, quem é a exonerada? Isso vai continuar sendo discutido, a legislação sobre crimes cibernéticos vai continuar a ser discutida, mas eu sou a exonerada.”, finaliza Denise Rocha. Com informações do Congresso em Foco.




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