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"Agespisa hoje já é privatizada indiretamente", diz deputado Tererê sobre projeto polêmico

"Enquanto tiver esse sistema quebrado, corrupto, nós não vamos chegar a lugar nenhum e a Agespisa pode chegar a um colapso", disse o parlamentar em entrevista ao Portal GP1.

A privatização da Agespisa vem causando bastante polêmica entre a população e as autoridades políticas do Estado. Na última quarta-feira (7), a Assembleia Legislativa do Piauí realizou uma sessão para discutir sobre o tema polêmico, com a presença do presidente da Agespisa, Antonio Filho. A maioria dos parlamentares que se propuseram a questionar o presidente, se posicionaram contra a privatização e criticaram o excesso de cargos comissionados e terceirizados na Agespisa, assim como o grande número de diretorias.

O autor da sessão, o deputado Evaldo Gomes afirmou ser contra a privatização e chegou a afirmar que quer saber quem foi dos diretores que quebrou a Agespisa para ela chegar nessa situação. Em entrevista ao portal GP1, ele afirmou que preciso se discutir o assunto e afirmou que não se trata de uma subdelegação, como tem sido explanado e sim uma privatização.

“A subdelegação é um dos temas mais discutidos em Teresina, principalmente porque atinge a parte da periferia da cidade, a grande maioria da periferia não tem água, nem saneamento básico e nem esgotamento sanitário. Essa subdelegação, a meu ver, é uma privatização. É o início da privatização daquela instituição, mas segundo o próprio presidente, ele só teve essa ideia de plantar a subdelegação porque a Agespisa encontra-se em dificuldades financeiras, tem um débito de R$ 1 bilhão e as empresas privadas que concorrerão devem fazer um investimento de R$ 1 bilhão para sanar e buscar solução para o problema da falta de água em Teresina. Para discutir mais sobre esse assunto nós vamos também organizar um seminário para falar sobre a situação da Agespisa como um todo.”

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Evaldo Gomes(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Evaldo Gomes

Para a deputada Rejane Dias (PT), não existe subdelegação e sim uma privatização. Ela afirmou que o tema deve ser tratado com cautela e deve ser amplamente discutido.

“Olha é um assunto muito delicado, que deve ser exaustivamente discutido porque de qualquer maneira é uma privatização da Agespisa. É uma terceirização dos serviços e compreendo que o assunto é de suma importância, pois um dos principais problemas vivenciados aqui em Teresina é a falta de água constante em alguns bairros. Na Santa Maria da Codipi, por exemplo, participei de uma audiência e vi o drama das pessoas, então tem que ter muito cautela. Tem que ver também, como vão ficar os funcionários da Agespisa numa situação de privatização e é preciso ter muito cautela sobre esse assunto”, disse Rejane Dias.

Imagem: Francyelle Elias/GP1Deputada Rejane Dias(Imagem:Francyelle Elias/GP1)Deputada Rejane Dias

Discordando da opinião de muitos deputados, Deusimar Tererê afirmou que é a favor da privatização e que a Agespisa vem sofrendo com a contratação de terceirizados.

“Eu acho que quem ganha é o povo. Porque a Agespisa hoje já é privatizada indiretamente. É só você ver quantas empresas terceirizadas têm dentro da Agespisa, fazendo pagar pessoas que não trabalham. Fazendo pagar empresas que só sugam o dinheiro da Agespisa, o dinheiro do povo. Essa é a verdade. Agora a população precisa ter um conhecimento maior, para poder defender os seus direitos. Enquanto tiver esse sistema quebrado, corrupto, nós não vamos chegar a lugar nenhum e a Agespisa pode chegar a um colapso. Até mesmo a ponto da gente não ter água nas torneiras”, disse Deusimar Tererê em entrevista ao portal GP1.

Imagem: Francyelle Elias/GP1Deusimar Tererê(Imagem:Francyelle Elias/GP1)Deusimar Tererê

Segundo o projeto de privatização, a Agespisa será responsável por parte da cidade, a que já possui esgotamento sanitário, como a Zona Norte, Leste (zona nobre), Centro e Sul. Já a empresa contratada vai ficar responsável pela Zona Sudeste, a região da Santa Maria da Codipi e Zona Leste (parte pobre). Dessa forma ficaria a Agespisa com 60% e a empresa contratada com 40%.

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