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Mais de 220 detentos do Piauí se inscrevem para o Enem

Neste ano, mais duas unidades prisionais foram inseridas para que os detentos possam fazer o Enem: Penitenciária de Oeiras e Casa de Detenção de Altos.

Encerraram nesta sexta-feira (23) as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no sistema penitenciário. A Secretaria de Estado da Justiça do Piauí, que tinha a expectativa inicial de inscrever 200 detentos, superou a meta e inscreveu 223 internos.

Neste ano, mais duas unidades prisionais foram inseridas para que os detentos possam fazer o Enem: Penitenciária de Oeiras e Casa de Detenção de Altos. desse modo, os reeducandos de 12 penitenciárias do Piauí, no total, vão participar do Exame, cujas provas serão realizadas nos dias 1 e 2 de dezembro.
Imagem: DivulgaçãoAlunos da Penitenciária Irmão Guido(Imagem:Divulgação)Alunos da Penitenciária Irmão Guido
Dos 223 inscritos, 147 reeducandos realizam o Enem para garantirem o Certificado de Conclusão do Ensino Médio. Estes detentos cursam a 6ª etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA), correspondente ao 1º e 2º anos do Ensino Regular. Se eles atingirem nota suficiente, concluem o Ensino Médio.

Os outros 76 reeducandos, que cursam a 7ª etapa da EJA, farão o Enem concorrendo às vagas no Ensino Superior. O Exame nas penitenciárias do Piauí seguirá os mesmos moldes do aplicado em todo país nos dias 24 e 25 de outubro. As provas serão realizadas nas respectivas unidades prisionais.
Imagem: DivulgaçãoAlunos da Penitenciária Irmão Guido(Imagem:Divulgação)Alunos da Penitenciária Irmão Guido
No primeiro dia, os internos terão 4 horas e 30 minutos para responder às provas referentes a Ciências Humanas e Naturais. No segundo dia, serão 5 horas e 30 minutos para responder às provas de Línguas Estrangeiras, Matemática e a Redação.

De acordo com a Coordenação de Ensino Prisional da Secretaria de Justiça do Piauí, hoje, cerca de 600 detentos estão estudando dentro do sistema penitenciário do Estado. Seis reeducandos já fazem cursos superiores e a meta da Sejus é aumentar esse número.

"É uma grande oportunidade para aqueles que querem mudar de vida. Através da educação, os reeducandos terão mais chances no mercado de trabalho, tornando-se pessoas com uma nova visão de mundo", pontua Jussyara Valente, coordenadora de Ensino Prisional.
Imagem: DivulgaçãoRaimundo Carvalho em aula na Penitenciária Irmão Guido(Imagem:Divulgação)Raimundo Carvalho em aula na Penitenciária Irmão Guido
O secretário de Justiça, Daniel Oliveira, salienta que vários programas educacionais são desenvolvidos, atualmente, nas penitenciárias e que a meta do Governo do Estado é dobrar o número de pessoas estudando no sistema em 2016.

"Temos o Projeto Leitura Livre, o Pronatec Justiça, módulos de ensino e bibliotecas, a EJA e o Mais Saber, dentre outros programas e ações de educação nas penitenciárias, todas voltadas à transformação de vidas, à humanização e à ressocialização dessas pessoas", pontua o gestor.
Imagem: DivulgaçãoRaimundo Carvalho se preparando para o Enem(Imagem:Divulgação)Raimundo Carvalho se preparando para o Enem

Estudar no sistema possibilita redução de pena

O estudo, além do valor para a reinserção social dos reeducandos, é fator a ser considerado para remição de pena, conforme a Lei Federal nº 12.433/2011, que altera a Lei de Execução Penal (7.210/84) e dispõe sobre a redução de parte do tempo de execução da pena levando em conta o estudo ou o trabalho.
Imagem: DivulgaçãoA professora da Sejus auxilia Raimundo em dúvidas(Imagem:Divulgação)A professora da Sejus auxilia Raimundo em dúvidas
De acordo com a Lei, a cada 12 horas de frequência às aulas no sistema penitenciário, o interno garante um dia de remição. Se o detento concluir o Ensino Fundamental, Médio ou Superior dentro do próprio sistema, o tempo a ser reduzido na pena é acrescido de 1/3 contabilizados sobre a redução.
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