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Piauí

Palma Forrageira será tema de palestra na Expoapi

No manejo adequado, pode-se produzir 600 toneladas de Palma Forrageira por hectare ao ano.

A agricultura familiar também está marcando presença na 65ª Expoapi através das cadeias produtivas e mostrando alternativas de convivência com a seca e o semiárido. São demonstrações de ações ou experimentos e também atividades desenvolvidas pelos agricultores familiares do Piauí, como a exposição de peixes, demonstrando o potencial da piscicultura do estado, que possui uma estação de produção de alevinos.

Parceiros como Sebrae, Senar e outros órgãos estão fazendo exposição da cajucultura que está sendo bastante forte, combinada com o festival da cajuína. A feira também conta com a demonstração da abelha nativa, sem ferrão como alternativa para produção de mel e geração de renda para os agricultores familiares.

Nesta edição da Expopai, a Secretaria de Desenvolvimento Rural dá ênfase à agricultura familiar trazendo a temática da importância da experiência com a Palma Forrageira para alimentação de animais, como caprinos e ovinos, que vivem em área com escassez de água.
Vários tipos de palma forrageira estão sendo expostas para visitação do público ao lado do stand da SDR. O canteiro está tendo uma grande visitação por parte dos agricultores que estão querendo conhecer esta novidade, já desenvolvida por outros estados como Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Imagem: DivulgaçãoPalma forrageira(Imagem:Divulgação)Palma forrageira

De acordo com Antonio José Pereira Ferreira, diretor da Agricultura Familiar da SDR, a secretaria está conseguindo recursos junto ao governo do estado para difundir e realizar experiências com a palma forrageira, por ser um alimento que, no período de seca, se mantém verde com 90% de água em sua estrutura, com média de 10% de energia, comparado ao nível energético do milho.

“Estamos trazendo esta experiência para lançar nosso programa estadual de Palma Forrageira para alimentação animal. No manejo adequado, pode-se produzir 600 toneladas de Palma, por ano, por hectare. É uma fonte de renda, por garantir alimentação dos animais, que irão resistir ao período da seca”, enfatizou Antonio José Pereira.

A Palma, em geral, contém espinhos e isto dificulta o manejo para os produtores. Para facilitar a produção destas plantas, a Embrapa Semiárido está realizando estudos de palmas adaptadas à região seca e sem espinho, como é o caso da palma dome e da palma baiana.
Neste sábado (12) vai acontecer uma palestra com o tema “A importância da Palma Forrageira para a alimentação animal”, às 9h, no auditório do pavilhão da Agricultura Familiar, no Parque de Exposições Dirceu Arcoverde. A palestra será ministrada pelo pesquisador da Embrapa Semiárido, Dr. Carlos A. T. Gava.

PALMA FORRAGEIRA


O bom rendimento desta cultura no semiárido nordestino está associado ao fato de a mesma necessitar de bem menos água do que outras culturas convencionais. A palma utiliza de 100 a 200kg de água para produzir 1kg de matéria seca. Já para os capins, por exemplo, essa relação é de 500 para 1, por isso, a palma produz bem em áreas com precipitação anual de até 750 mm, característico do semiárido.

A Palma normalmente é colhida manualmente e dependendo do espaçamento e da necessidade do produtor, pode ser colhida em intervalos de dois ou quatro anos. A palma, após a colheita, pode ser utilizada de imediato ou mantida à sombra por até 16 dias, para ser fornecida aos animais, sem que haja perda do seu valor nutritivo. Antes do fornecimento aos animais a palma é então picada manualmente com o auxilio de facões e/ou com o uso de máquinas apropriadas.

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