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Sindicato acusa departamento de Inteligência da secretaria da Justiça de torturar presos

Em nota, a Sejus informou que "desconhece o uso de bombas morais com a finalidade de torturar internos" e diz que se houver uma denúncia formal vai "apurar e responsabilizar os envolvidos".

O diretor jurídico do Sinpoljuspi, José Roberto, denunciou ao GP1 nesta sexta-feira (08), tortura a presos em penitenciárias da Capital. Segundo o sindicalista, a equipe de inteligência da Secretaria de Justiça, pratica atos de crueldade contra os detentos durante vistorias nas unidades.
Imagem: Lucas Dias/GP1José Roberto(Imagem:Lucas Dias/GP1)José Roberto
De acordo com o relato, equipes do Departamento de Inteligência (DIPE) da Secretaria de Justiça, fazem visitas aos presídios durante a madrugada, atormentando os presos. “Eles adentram aos pavilhões jogando bombas de efeito moral. Se o preso estiver dormindo, e tiver problema cardíaco, ele morre. O objetivo deles nós não sabemos, mas o Estado está torturando os detentos. A partir do momento que um gerente de inteligência, que tem um cargo comissionado do Governo do Estado toma uma atitude dessa, o Estado é responsável”, afirmou.   
 
Segundo José Roberto, torturas não são recentes nesses locais, internos já sofreram represálias por parte da secretaria. “Já aconteceu em 2001, quando um detento morreu do coração, em virtude de uma bomba soltada por um capitão, na Casa de Custódia”, disse.     
 
O sindicato formalizou as denúncias junto ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen), à Secretaria de Justiça e Minstério Público, mas segundo José Roberto, nenhuma atitude foi tomada até o momento. “Fizemos denúncia ao Depen, ao Ministério Público do Trabalho. O que o secretário está esperando? Eles matarem presos ou algum agente? Porque esse pessoal da DIPE não tem comunicação com os agentes, passam por cima da categoria, estão impedindo o sindicato de adentrar aos presídios e ainda com ameaças”. 
 
Outro lado

Em nota, a Secretaria da Justiça do Estado do Piauí, informou não ter conhecimento de situações como a narrada pelo diretor jurídico do Sinpoljuspi, mas disse que vai tomar as providências cabíveis se houver uma formalização da denúncia.

Confira a nota na íntegra

A equipe de Inteligência sequer dispõe desse material, que deve ser utilizado por tropas de choque especializadas, como RONE e GAT, da Polícia Militar, e COP (Comando de Operações Prisionais), formado por agentes penitenciários, que atuam em situações de crise. A Secretaria de Justiça, através da DIPE, desconhece o uso de bombas morais com a finalidade de torturar internos. Se houver alguma denúncia formal sobre o fato, a Secretaria irá apurar e responsabilizar os envolvidos.


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