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"A população de Castelo do Piauí está soltando foguetes", diz diretor do CEM após morte de menor

"(...) ninguém sabe o que pode acontecer quando chegarmos lá, qual será a reação da população, se pode acontecer uma nova tragédia em cima deste corpo", disse Herbert Neves.

O corpo do adolescente Gleisom Vieira da Silva, de 17 anos, ainda está no Instituto Médico Legal (IML) aguardando a chegada de algum familiar. Ele deve ser enterrado na cidade de Castelo do Piauí. 

Ele foi assassinado pelos outros menores também envolvidos no estupro coletivo em Castelo do Piauí, no dia 27 de maio. Gleisom foi espancado e morreu minutos depois de ser encontrado no dormitório do CEM.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Gerente de internação do CEM(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Gerente de internação do CEM
De acordo com o gerente de internação do CEM, Herbert Neves, ele tentou conversar com o diretor do IML, para que o corpo fosse liberado sem a necessidade da presença de um familiar. “Eu tentei conversar com o diretor do IML, ele me falou que o corpo só poderia ser entregue à família. A dificuldade é que a mãe está debilitada, grávida, o pai é ausente, e ainda nem localizamos ele. A assistente social está ligando para ver se consegue pelo menos uma avó, ou avô, irmão, para liberar o mais rápido possível, porque a gente quer é acabar com essa situação. Na questão de chegar à cidade, queremos chegar pelo menos antes do anoitecer, porque ninguém sabe qual o risco que vamos correr lá, na entrega deste adolescente”, disse em entrevista ao GP1.
Imagem: Divulgação Menor foi espancado até a morte (Imagem:Divulgação )Menor foi espancado até a morte 
Ainda segundo o gerente, moradores de Castelo do Piauí, estão soltando fogos de artificio depois da morte do menor. “A população de Castelo do Piauí está soltando foguetes e ninguém sabe o que pode acontecer quando chegarmos lá, qual será a reação da população, se pode acontecer uma nova tragédia em cima deste corpo”, advertiu.

Herbert explicou também porque os menores estavam juntos na mesma ala. “Se eles estivessem separados teria sido quatro óbitos. Lá tem uma ala que é para colocar só os acusados de estupro, mas mesmo os alojamentos só de acusados de estupro, não estavam aceitando eles. Eles estavam só gritando, ameaçando e se eles estivessem separados, ia acontecer o pior com certeza” afirmou.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Herbert Neves(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Herbert Neves
De acordo a assistente social de Castelo do Piauí, Ticiane Cavalcante, provavelmente a mãe deve vir a Teresina.

Até o momento, ainda não se sabe o destino dos outros três menores, existe até a possibilidade de serem transferidos para outro Estado. “Vamos ver qual a possibilidade de voltarem, da gente manter eles lá dentro, de transferir para outra unidade de Teresina, ou em Fortaleza, ou São Luís. Vamos ver a gravidade, conversar com os adolescentes e com os outros internos”, finalizou.

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