Um mau cheiro na horta comunitária do bairro Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina, há algumas semanas, tem deixado os moradores incomodados. Eles fizeram denúncia ao GP1, e disseram que a fedentina já tem diminuído um pouco, após o local ser mostrado em vários canais televisivos.
O senhor Raimundo Nonato é morador do local há cerca de 20 anos, e disse que também desconhece a denúncia. “Estava um cheiro insuportável, mas já diminuiu. Esse cheiro que você já está sentindo agora é normal. Não incomoda não. Eu não vi animal nenhum, só o estrume mesmo”, afirmou.
O senhor Francisco Gomes foi procurado pelo GP1 para relatar o que realmente aconteceu, mas ele não estava em sua residência. Conversamos com a esposa dele, a dona Maria Luiza. Ela contou que o adubo foi uma doação de um matadouro.
"Ele foi no local do estrume, na matança, e não sentiu o mal cheiro. Quando chegou aqui, ficou um cheiro insuportável. Faltaram crucificar ele. Até delegacia estava pelo meio. Ele pegou nome de moleque, negro imundo, negro sem vergonha. O pessoal da horta [a horta tem vários sócios] nem queria que eles tirasse, porque ás vezes ele compra estrume de 800 reais a carrada, só que eles dividem e esse foi de graça”, disse.
“Tem um gestor da prefeitura que é responsável pela horta. Ele ficou de vim tirar o estrume daqui, falaram na TV que iam levar para um local, pra secar e depois voltar, mas nunca vieram. Meu esposo teve que tomar dinheiro emprestado pra mandar tirar, porque ele já estava sofrendo ameaças. Ele não recebeu ajuda de ninguém, pagou e fez tudo sozinho. Eu estava operada do coração, eu passei mal quando a polícia chegou. Meu marido com 67 anos, pegou nome de moleque”, explicou.
Outro lado
O GP1 procurou a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (SDR), mas até o momento não obteve uma resposta.
Imagem: Lucas Dias/GP1Horta Comunitária Santa Maria
Mas imagens cedidas por um morador do bairro, enviadas ao portal, revelam o que poderia ser a verdadeira razão do problema. Nas imagens é possível ver restos mortais de animais misturados ao estrume, que seriam usados como adubo.Imagem: GP1Mau cheiro próximo a horta comunitária do bairro Santa Maria da Codipi
O GP1 foi ao local e conversou com alguns populares. De acordo com a trabalhadora da horta Franceline, a razão do mau cheiro é outra. “O que aconteceu foi que um dos responsáveis da horta recebeu a doação do estrume de um matadouro de animais, e quando veio colocar aqui, ele estava molhado, por isso o mau cheiro. A vizinhança é porque gosta de falar, mas o problema já foi até resolvido. Eu desconheço essa história de corpo de animais”, disse.O senhor Raimundo Nonato é morador do local há cerca de 20 anos, e disse que também desconhece a denúncia. “Estava um cheiro insuportável, mas já diminuiu. Esse cheiro que você já está sentindo agora é normal. Não incomoda não. Eu não vi animal nenhum, só o estrume mesmo”, afirmou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Raimundo Nonato
A moradora do bairro, Maria Leda que mora em frente à horta, relatou que o odor já causou problemas de saúde em alguns moradores. “O cheiro ruim vem direto para o intestino, incomoda principalmente na hora de comer. Já tivemos pessoas aqui com dor de cabeça, na barriga, náuseas por conta do mau cheiro”, afirmou.Imagem: Lucas Dias/GP1Maria Iêda
Imagem: GP1Mau cheiro próximo a horta comunitária do bairro Santa Maria da Codipi
Indagada sobre os restos dos animais misturados ao adubo, a moradora disse que não viu. “O que eu sei é junto com o estrume tem o material que fica dentro da barriga do boi e sangue, mas não vi partes do corpo não”, afirmou. O senhor Francisco Gomes foi procurado pelo GP1 para relatar o que realmente aconteceu, mas ele não estava em sua residência. Conversamos com a esposa dele, a dona Maria Luiza. Ela contou que o adubo foi uma doação de um matadouro.
"Ele foi no local do estrume, na matança, e não sentiu o mal cheiro. Quando chegou aqui, ficou um cheiro insuportável. Faltaram crucificar ele. Até delegacia estava pelo meio. Ele pegou nome de moleque, negro imundo, negro sem vergonha. O pessoal da horta [a horta tem vários sócios] nem queria que eles tirasse, porque ás vezes ele compra estrume de 800 reais a carrada, só que eles dividem e esse foi de graça”, disse.
Imagem: GP1Mau cheiro próximo a horta comunitária do bairro Santa Maria da Codipi
Ainda segundo Maria Luiza, a prefeitura se comprometeu a transportar o adubo até outro local, e devolver quando estivesse no ponto certo de ser usado. Porém, a promessa que foi feita na TV, não foi cumprida.“Tem um gestor da prefeitura que é responsável pela horta. Ele ficou de vim tirar o estrume daqui, falaram na TV que iam levar para um local, pra secar e depois voltar, mas nunca vieram. Meu esposo teve que tomar dinheiro emprestado pra mandar tirar, porque ele já estava sofrendo ameaças. Ele não recebeu ajuda de ninguém, pagou e fez tudo sozinho. Eu estava operada do coração, eu passei mal quando a polícia chegou. Meu marido com 67 anos, pegou nome de moleque”, explicou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Maria Luiza
A horta comunitária do bairro Santa Maria da Codipi é uma forma de renda de famílias carentes do local.Outro lado
O GP1 procurou a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (SDR), mas até o momento não obteve uma resposta.
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