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Justiça manda retirar tornozeleira eletrônica da esposa de Paulinho Chinês

A decisão foi proferida pelo juiz Raimundo Holland Moura de Queiroz, na quarta-feira (12).

A Justiça determinou a revogação do uso de tornozeleira eletrônica por parte de Lorena da Silva Lustosa Ramos, esposa de Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa, o Paulinho Chinês, apontado como chefe da organização criminosa acusada de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que foi desarticulada pela Operação Mandarim. A decisão foi proferida na quarta-feira (12), por meio de despacho.

O juiz Raimundo Holland Moura de Queiroz, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, atendeu solicitação de Lorena Lustosa, que alegou fazer uso da monitoração eletrônica há mais de 200 dias e que o prazo se mostrava desproporcional, além do fato de que, durante esse período, o processo encontra-se suspenso, sem data de julgamento do conflito de competência suscitado. A defesa da acusada alegou também que durante esse intervalo de tempo jamais deixou de cumprir quaisquer das condições que lhe foram impostas, e ressaltou que ela é primária, possui bons antecedentes, endereço fixo, jamais se envolveu em crimes de qualquer natureza e não possui histórico de violência ou ameaça.

Foto: Reprodução/InstagramLorena da Silva Lustosa Ramos
Lorena da Silva Lustosa Ramos

O Ministério Público se manifestou pelo indeferimento à revogação da medida, em razão da “relevantíssima” função de Lorena desempenhada dentro do grupo criminoso.

Para o juiz, no entanto, a acusada não demonstra alta periculosidade ou reiteração delitiva e vem cumprindo devidamente as medidas cautelares diversas da prisão que lhe foram impostas. Por conta disso, ele decidiu pelo fim do monitoramento por tornozeleira eletrônica.

A monitoração eletrônica deverá ser substituída pelas seguintes condições: comparecimento todas as sextas-feiras em juízo; não cometer crimes; comparecer sempre que intimada; proibição de deixar a comarca ou mudar de endereço sem prévia autorização; recolhimento noturno das 20h às 06h da manhã; recolhimento aos sábados e domingos, das 14h às 06h da manhã de segunda e dos feriados e não manter contato com os demais acusados, com exceção do seu marido.

Operação Mandarim

Deflagrada no dia 23 de novembro de 2022 pela Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre), a Operação Mandarim cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão preventiva contra acusados de envolvimento com o tráfico de drogas e associação para o tráfico nas cidades de Teresina e Timon.

Na operação foram presos Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa, o “Paulinho Chinês”, Lorena da Silva Lustosa Ramos, Ítalo Freire Soares de Sá, Ramon Santiago Matos Nascimento, Raimundo Nonato Araújo Borges Filho, André Kaue Dias Viana, Govandi Freire de Sá Filho, Maria de Fátima Soares e Vitor Levi.

Os presos foram indiciados no dia 21 de dezembro de 2022 e denunciados à Justiça pelo Ministério Público no dia 18 de janeiro deste ano.

Todos os acusados estão em liberdade por determinação judicial.

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