Fechar
GP1

Piauí

Adapi investiga ataque de praga em lavouras de mandioca no Sul do Piauí

Técnicos deslocaram-se até Monsenhor Hipólito, Marcolândia e Simões para recolher amostras das lavouras.

A Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (Sada), através da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), realizou uma visita técnica para a averiguação de ataques de pragas nas lavouras de mandioca em propriedades localizadas nas cidades de Monsenhor Hipólito, Marcolândia e Simões.

Após o levantamento de informações e coleta de material, os fiscais agropecuários apontaram, inicialmente, que a praga pode se tratar da espécie Erinnyis ello, conhecida popularmente como mandarová da mandioca. As amostras foram encaminhadas para o laboratório da Embrapa Meio Norte para análise e confirmação da suspeita.

Foto: Divulgação/AscomAdapi investiga ataque de praga em lavouras de mandioca
Adapi investiga ataque de praga em lavouras de mandioca

“A ação se deu em resposta ao contato de produtores que relataram danos causados por lagartas em cultivos de mandioca nos municípios. Nossa equipe se organizou e esteve nos locais, realizando a coleta de material e avaliando as possíveis medidas de controle a serem tomadas”, explicou o secretário da Sada, Fábio Abreu.

De acordo com a equipe técnica, os produtores relataram que os ataques têm sido intensos, ocasionando, principalmente, a desfolha das plantas. No município de Monsenhor Hipólito foram coletadas as amostras da lagarta, além das pupas presentes no solo do cultivo.

Em Marcolândia, a visita foi acompanhada por representantes da Prefeitura Municipal, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PI) e da Associação dos Engenheiros Agrônomos da Macrorregião de Picos (AEAMP). Já na cidade de Simões, os produtores relataram que houve migração de lagartas de uma planta conhecida como faveleira (que é nativa da flora da região) para os cultivos de mandioca.

“Os espécimes coletados foram encaminhados à Embrapa Meio Norte para identificação em laboratório e comparação do material coletado no cultivo de mandioca e na faveleira. Dentro de 15 dias teremos uma confirmação parcial, se essa praga é apenas o mandarová ou se há alguma outra”, ressaltou o gerente de Defesa Vegetal da Adapi, Ozael David.

O gerente de Defesa Vegetal ainda chama atenção sobre a proliferação e destaca algumas ações que podem ser realizadas para controle da praga, caso haja a confirmação da espécie.

“No caso da espécie Erinnyis ello, o mandarová da mandioca, as fêmeas podem depositar, ao longo de seus 19 dias de vida em mariposa, até 1.850 ovos, dos quais 70% são postos na primeira semana de vida adulta. Os ataques normalmente são associados ao período chuvoso irregular e às temperaturas elevadas e espera-se que, com a regularidade das chuvas o problema seja amenizado. Há também diversas formas de controle do inseto como biológico, por vírus e bactérias, como também controle químico, devendo o técnico avaliar a melhor forma de controle para cada situação”, explicou o profissional.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.