A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para apurar o déficit financeiro nas contas da Prefeitura de Teresina ainda está em fase inicial, mas deve contar com auditorias in loco e reuniões abertas ao público. A informação foi confirmada pelo vereador Dudu (PT), um dos integrantes da comissão.
Segundo o parlamentar, a CPI pretende ouvir ex-gestores, integrantes da atual administração e representantes de empresas que firmaram contratos com o município. O objetivo é reunir informações que permitam identificar a origem e a dimensão da dívida, que inclui restos a pagar, contratos de terceirização e financiamentos.

“Vamos precisar ouvir gestores passados, gestores atuais, empresas, para com essas informações, e com o apoio dos órgãos de controle, fazermos a checagem desses recursos”, afirmou Dudu. Ele destacou que parte da apuração poderá exigir a realização de auditorias presenciais, especialmente em obras financiadas por empréstimos.
De acordo com Dudu, os documentos solicitados à Prefeitura começaram a ser entregues, e a comissão está organizando o material para que os membros possam acompanhar o andamento da apuração. O vereador também revelou que todas as reuniões da CPI serão abertas à população, inclusive as oitivas, que acontecerão no plenário da Câmara. “A transparência é fundamental. A população tem o direito de acompanhar cada passo. O controle externo fortalece o trabalho da comissão”, disse.
A CPI foi criada com o objetivo de investigar o suposto déficit bilionário nas contas da Prefeitura de Teresina, acumulado nos últimos anos. Os trabalhos devem se intensificar nas próximas semanas, com o aprofundamento das análises e a definição do cronograma de oitivas.
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