José Maria Barros
O presidente da Câmara Municipal de Picos, Hugo Victor Saunders Martins (PMDB), subiu à tribuna na sessão desta quinta-feira, 19, para criticar a proposta de reforma política que prevê um mandato tampão de apenas dois anos para os vereadores e prefeitos eleitos em 2016.
A medida está em debate na Câmara Federal e faz parte da proposta de reforma política que prevê a coincidência de eleições no executivo e legislativo, nos âmbitos federal, estadual e municipal. O assunto é polêmico e divide opiniões no Congresso Nacional
“Vejo com muita tristeza essa proposta! Estamos no dia a dia da comunidade. O prefeito, o vereador e a população sabem a demanda que é uma eleição municipal. O prefeito que assumir um mandato de dois anos ele não vai ter tempo para fazer tudo o que foi planejado. Acho inviável e inoportuna essa medida” – condenou Hugo Victor.
O vereador foi mais além e ironizou a proposta. “Se os parlamentares querem legislar em causa própria, então que daqui a quatro anos eles aumentem os mandatos para seis anos para coincidir as eleições em todos os níveis” – sugeriu.
Hugo Victor ressalta ainda que é inaceitável que se faça uma eleição com mandato tampão de dois anos. Para ele a medida foi idealizada sem pensar nos interesses da população, pois o custo de uma eleição é muito alto para um mandato tão curto.
O vereador alerta que ele e os demais colegas vão tentar entrar em contato com os deputados federais e senadores para demovê-los da ideia. “Vamos mostrar que estamos insatisfeitos com a posição deles. Temos que debater com mais calma para não prejudicar aqueles que estão mais perto do povo, acompanhando os seus problemas e apresentando soluções, que são os vereadores” – advertiu Hugo Victor.
Caso a proposta seja aprovada pelo Congresso Nacional, tanto os vereadores como o prefeito de Picos, Kléber Eulálio (PMDB), terão o direito de disputar a reeleição em 2016. Só que ao invés dos quatro atuais, os mandatos seriam de apenas dois anos.
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A medida está em debate na Câmara Federal e faz parte da proposta de reforma política que prevê a coincidência de eleições no executivo e legislativo, nos âmbitos federal, estadual e municipal. O assunto é polêmico e divide opiniões no Congresso Nacional
Imagem: José Maria Barros/GP1
Hugo Victor Saunders Martins
O relator da comissão de reforma política é o deputado piauiense Marcelo Castro (PMDB), que já se manifestou à favor das mudanças, que dentre outras coisas institui depois de 2018 eleições gerais no Brasil, sem direito à reeleição para prefeito, governador e presidente.
Hugo Victor Saunders Martins“Vejo com muita tristeza essa proposta! Estamos no dia a dia da comunidade. O prefeito, o vereador e a população sabem a demanda que é uma eleição municipal. O prefeito que assumir um mandato de dois anos ele não vai ter tempo para fazer tudo o que foi planejado. Acho inviável e inoportuna essa medida” – condenou Hugo Victor.
O vereador foi mais além e ironizou a proposta. “Se os parlamentares querem legislar em causa própria, então que daqui a quatro anos eles aumentem os mandatos para seis anos para coincidir as eleições em todos os níveis” – sugeriu.
Imagem: José Maria Barros/GP1
Vereador usa a tribuna e critica mandato tampão
Agora – continuou Hugo Victor – sacrificar os prefeitos e vereadores com mandatos de dois anos não podemos aceitar, pois nesse tempo não dá para se fazer nada. Se não querem prorrogar o mandato dos prefeitos e vereadores porque acham a proposta inviável, então, daqui a quatro anos quando for eleição para governador, deputado e presidente, que faça um mandato de seis anos que se iguala com o nosso lá na frente” – ensinou.
Vereador usa a tribuna e critica mandato tampãoHugo Victor ressalta ainda que é inaceitável que se faça uma eleição com mandato tampão de dois anos. Para ele a medida foi idealizada sem pensar nos interesses da população, pois o custo de uma eleição é muito alto para um mandato tão curto.
O vereador alerta que ele e os demais colegas vão tentar entrar em contato com os deputados federais e senadores para demovê-los da ideia. “Vamos mostrar que estamos insatisfeitos com a posição deles. Temos que debater com mais calma para não prejudicar aqueles que estão mais perto do povo, acompanhando os seus problemas e apresentando soluções, que são os vereadores” – advertiu Hugo Victor.
Caso a proposta seja aprovada pelo Congresso Nacional, tanto os vereadores como o prefeito de Picos, Kléber Eulálio (PMDB), terão o direito de disputar a reeleição em 2016. Só que ao invés dos quatro atuais, os mandatos seriam de apenas dois anos.
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