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Política

Delcídio enfrentará dificuldades na volta ao Senado

Parlamentares acreditam que Delcídio passará por "constrangimento" ao longo dos compromissos legislativo.

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que deixou a prisão no 1º Batalhão de Trânsito da Polícia Militar do Distrito Federal (1ºBPTran) na sexta-feira (19), voltará às atividades no Senado na próxima segunda (22).

O senador irá encontrar um cenário complicado em sua volta, segundo o que projetam seus colegas parlamentares. O ex-líder do governo passará por “constrangimento” ao longo dos compromissos legislativos e sofrerá desgaste na defesa do mandato em processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.
Imagem: DivulgaçãoDelcídio do Amaral é solto(Imagem:Divulgação)Senador Delcídio do Amaral

O senador ficou quase 90 dias preso após ter tentado atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. A prisão do senador oi revogada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavaski. O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), da base aliada ao governo, afirma que o melhor seria que Delcídio se afastasse das atividades.

"Eu acho que não tem um clima bom para o Delcídio retornar ao Senado. Eu, se fosse ele, pediria licença por alguns meses e depois retornaria. Vejo a volta dele com muita dificuldade por tudo que aconteceu, tudo que tem que ser explicado. Vai ser um constrangimento para ele e para os demais senadores", afirmou.

O senador Agripino Maia (DEM-RN) disse que Delcídio irá ter que lidar com uma situação “esquisita” na volta aos trabalhos. "A situação em que ele voltará ao Senado será diferente da que ele deixou. Ele vai enfrentar um cenário atípico, uma situação esquisita, a que o Senado nunca assistiu. Agora, eu quero saber como ele será recebido pelo PT, o partido dele. Qual será atitude do PT com relação ao Delcídio?", questionou.

Ao ser preso, em novembro de 2015, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou em nota que o partido não se via obrigado a qualquer “gesto de solidariedade” ao senador, porque considerou que "nenhuma das tratativas atribuídas ao senador têm qualquer relação com sua atividade partidária".

O senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE) disse que a nota do partido foi determinante para que a prisão fosse decretada pelo STF. "Não foi uma nota de solidariedade, pelo contrário. A decisão do Senado de manter Delcídio preso foi graças ao posicionamento do próprio partido dele", afirmou.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a situação de Delcídio é “incompatível com o decoro parlamentar”. "O Delcídio pode até achar, na consciência dele, que não tem nada de errado, que é inocente, mas as circunstâncias são graves. Um senador volta à atividade, mas continua na condição de preso domiciliar. Não podemos ficar como se nada tivesse acontecido", disse Randolfe.


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