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Política

Defesa de Delcídio pede anulação de provas contra o senador

O senador foi preso em novembro pela Lava Jato. Em uma gravação feita por Bernardo Cerveró, o senador tentou comprar o silêncio de Nestor Cerveró.

Nesta terça-feira (2), os advogados da defesa do senador Delcídio do Amaral pediram a anulação da gravação feita por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, em que Delcídio é flagrado tentando impedir a delação premiada do ex-diretor da Petrobras. A defesa alega que a prova é fruto de uma “armadilha”.
Imagem: Ueslei Marcelino/ReutersNa época, Delcídio era diretor de Óleo e Gás da estatal.(Imagem:Ueslei Marcelino/Reuters)Defesa de Delcídio pede anulação de provas contra o senador

O senador do PT foi preso em novembro do ano passado pela Operação Lava Jato. A gravação serviu como base para o pedido de prisão e mostra a tentativa de Delcídio de oferecer fuga para o ex-diretor em troca de Cerveró não fechar acordo com a delação.

No pedido de prisão de Delcídio, a Procuradoria-Geral da República também afirmou que o senador ofereceu R$ 50 mil mensais para Cerveró em troca de não ser citado na delação premiada.

Os advogados do senador afirmaram na defesa entregue ao STF que Delcídio “jamais pretendeu perturbar” as investigações e que Bernardo Cerveró marcou uma reunião a fim de levar o parlamentar a uma “armadilha”.

A defesa alega também que o filho de Nestor Cerveró agiu como “agente infiltrado” ao gravar a conversa com Delcídio, o que deveria ter sido autorizado judicialmente.

Prisão

O senador Delcídio Amaral do Partido dos Trabalhadores (PT), líder do governo no Senado Federal, foi preso do dia 25 de novembro de 2015 pela Polícia Federal. Segundo os agentes, o parlamentar foi conduzido à sede da PF em Brasília por estar atrapalhando as investigações da Operação Lava Jato.

Delcídio teve uma conversa gravada por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras, também preso, Nestor Cerveró. Na gravação, o senador oferece 50 mil reais para ajudar financeiramente a família do ex-diretor, caso ele não aceitasse fazer delação premiada.

O banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira e o advogado Édson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, também foram presos pelos agentes federais.

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