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Política

Osmar Júnior diz que PCdoB demonstrou ser um partido leal

O ex-deputado afirmou que "o PCdoB demonstrou ser um partido consequente, leal ao projeto que defende, unido e corajoso na ação política".

O presidente do Diretório Estadual do PCdoB no Piauí, ex-deputado federal Osmar Júnior, divulgou carta aos militantes do partido, na tarde deste domingo (17), em que afirma que "o PCdoB demonstrou ser um partido consequente, leal ao projeto que defende, unido e corajoso na ação política".

Contra o impeachment, Osmar declarou que "seguindo na apuração dos resultados, ficou evidenciada a tentativa, ou execução, de um golpe. Por mais que os golpistas tenham tentado colocá-lo num embrulho constitucional, a mídia à frente, cresce na opinião pública a compreensão de que querem tirar na marra do cargo a Presidente eleita por mais de 54 milhões de brasileiros, atribuindo a ela pratica de crime de responsabilidade que não existiu".
Imagem: Lucas Dias/GP1 Osmar Júnior(Imagem:Lucas Dias/GP1) Osmar Júnior
A votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff acontece hoje, na Câmara dos Deputados. A sessão iniciou às 14 horas.

Confira abaixo carta na íntegra:

CARTA AOS MILITANTES DO PCdoB

Camaradas,

Hoje, teremos o desfecho da batalha do impeachment na Câmara dos Deputados. Independentemente do que for apurado no plenário, alguns resultados já estão dados.

Em primeiro lugar, o PCdoB demonstrou ser um partido consequente, leal ao projeto que defende, unido e corajoso na ação política. Esteve na linha de frente da batalha, formulando a política a ser seguida e mobilizando a opinião pública. Seus militantes e dirigentes se portaram a altura das exigências impostas pelo grave momento por que passa o Brasil. Necessário destacar a condução segura de nossa Presidente Luciana Santos, do papel relevante desempenhado pela nossa bancada federal e pelo governador Flavio Dino. O Partido sairá maior desse embate.

Seguindo na apuração dos resultados, ficou evidenciada a tentativa, ou execução, de um golpe. Por mais que os golpistas tenham tentado colocá-lo num embrulho constitucional, a mídia à frente, cresce na opinião pública a compreensão de que querem tirar na marra do cargo a Presidente eleita por mais de 54 milhões de brasileiros, atribuindo a ela pratica de crime de responsabilidade que não existiu. Esse entendimento que está em curso um golpe no Brasil ganhou as páginas de jornais mundo a fora, e chegou a organismos internacionais do porte da OEA e UNASUL. Assim, hoje, dia da votação, está claro que a ação da oposição só tem um nome: GOLPE.

Fica também como resultado da batalha política em curso a compreensão de que, para governar um país com a dimensão e a complexidade do Brasil, não basta apenas reunir um grupo grande de pessoas e partidos, ainda que carregadas e carregados de boas intenções (evidentemente, não me refiro a todas e a todos que integram, ou integravam, o governo). Para fundamentar essa compreensão, destacamos o programa do PCdoB que afirma que o enfrentamento do desafio, secular, de desenvolver o nosso país passa por um projeto nacional capaz de unir amplas forças políticas e sociais, cujo conteúdo contemple uma política centrada na independência nacional, no incremento da capacidade produtiva da economia brasileira, na melhor distribuição da renda, na universalização e melhoria dos serviços públicos, e no aprofundamento da democracia. Sem um programa claramente definido e com apoio político limitado, circunstancial, o governo fica a mercê de interesses corporativos, locais e estrangeiros, alheios à nação brasileira. Esse o retrato dos dias atuais.

Por fim, a despeito de discordâncias que possam haver quanto a condução do governo, fica destacado o papel da Presidente Dilma Rousseff como uma mulher corajosa e lutadora. Sua reação aos ataques perpetrados pela oposição, especialmente a midiática, quebrou o roteiro traçado pelos golpistas, que seria o seu recolhimento político frente as denúncias de corrupção, e a sua consequente renúncia. Achavam eles que ela sairia da presidência desmoralizada, carimbada de corrupta, a exemplo do que aconteceu com o ex-presidente Collor de Melo. Esse roteiro, não é inédito. Este foi o script de outras crises golpistas, que tiveram o mesmo ingrediente da atual, e seu desfecho foi abreviado pela limitação das reações dos governos atacados. Em 1954, com o suicídio de Getúlio Vargas, e em 1964, com o exílio de João Goulart, a despeito da resistência de movimentos sociais e de líderes políticos, os golpistas tiveram o caminho alargado, senão livre, para seguirem suas trajetórias. Agora, especialmente pelo posicionamento militante de Dilma Rousseff, foi desmascarado o movimento golpista, o que abre caminho para as forças democráticas derrota-lo, agora, ou mais na frente. Essa a razão de, nas últimas semanas, terem crescido as manifestações contra o golpe. O crescimento do movimento anti-impeachment é combustível importante para a nossa luta em defesa da construção de Brasil que sonhamos, que sabemos, não será curta, terá idas e vindas, mas confiamos será vitoriosa.

Como afirmamos acima, a batalha do impeachment ainda não terminou. Vamos continuar enfrentando-a com coragem e discernimento político, tendo como objetivo a derrota dos golpistas, Teresina, 17 de abril de 2016.

OSMAR RIBEIRO DE ALMEIDA JUNIOR
Pres. Comitê Estadual do PCdoB/PI

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