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Saúde

Médico Osmar Terra diz que epidemia vai acabar no início de junho

“No final de maio, início de junho, no máximo, essa epidemia está terminando. O pico dela é agora, nesses dias de abril. E depois vai diminuir o número de novos casos”, afirmou.

O médico e deputado federal Osmar Terra publicou um vídeo em suas redes sociais afirmando que a pandemia do novo coronavírus (covid-19) vai acabar até o fim do mês de maio no Brasil. Osmar Terra é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-ministro de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Terra é deputado federal e foi secretário estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, tendo sido presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde e presidente da Frente Parlamentar da Saúde, acompanhado de frente as epidemias da dengue, no Rio de Janeiro em 2007 e do zikavírus, no Nordeste.

“No final de maio, início de junho, no máximo, essa epidemia está terminando. O pico dela é agora, nesses dias de abril. E depois vai diminuir o número de novos casos”, afirmou.

Segundo Osmar Terra, haverá dificuldade para perceber a diminuição de casos no país por causa dos poucos testes. “A gente vai ter dificuldade de perceber isso pelas notificações de novos casos, porque têm poucos testes no Brasil. Está testando pouca gente, os testes estão dando menos que os casos, nós temos o dobro dos casos que temos notificados”, explicou.

“Quando começar a testar mais, claro que vai subir a curva dos casos notificados. Isso não quer dizer que aumentou o número de casos, simplesmente não eram casos que estavam sendo descobertos, para acompanhar a curva”, continuou.

Vírus não respeita decreto

O ex-ministro disparou ainda que o vírus “não respeita decreto de governador” e que está em todos os lugares e defendeu o isolamento social para o grupo de risco.

“O vírus não sabe ler e nem respeita decreto de governador. O vírus faz seu curso natural, ele está dentro de casa, está fora de casa, ele está em toda parte. As pessoas teriam que ter testes disponíveis para saber se eles são portadores assintomáticos ou não. Eles não sentindo nada, o risco de eles contaminarem o vovô, a vovó, as pessoas próximas que tem alguma fragilidade é muito maior”, afirmou.

Começo, meio e fim

O médico citou um estudo matemático da Universidade de Cingapura , que dá um norte sobre a curva da pandemia em diversos países, inclusive no Brasil. O estudo é baseado em outras pandemias como a Gripe Espanhola e H1N1.

“Mostra como a curva acontece em todos os países que estão acontecendo epidemia, quando ela chega no pico, quando ela vai terminar, dando datas para isso acontecer. Pode ter diferenças de dias que vai acontecer, para mais ou menos, mas isso é baseado em todas as epidemias”, seguiu.

Assustando a população

Terra criticou ainda a maneira como a mídia e os políticos estão tratando a pandemia. Segundo avaliação do médico, tanto os políticos como a imprensa estão querendo assustar a população.

“Vejo a imprensa muito preocupada e alguns líderes políticos vendo uma coincidência muito grande da maneira como os meios de comunicação estão vendo isso, assustando a população. Assustar é muito mais fácil do que bem informar. A população não tem informação sobre como é a epidemia, como ela começa, como aumenta, como termina, não tem ideia de prazo, só tem o medo que a grande imprensa e alguns líderes políticos colocam para a população”, disse.

O médico disse que os políticos “não dão esperança, não dão uma perspectiva” e tornou a dizer que “todas as epidemias tem começo, meio e fim”.

Pobre sofre com a quarentena

Terra avaliou que o isolamento do modo como está sendo feito é bom apenas para pessoas que possuem renda garantida, que são da classe média.

“O grupo de risco precisa sim fazer quarentena, mas as demais pessoas, tomando todas as medidas de proteção individual pode ir trabalhar, podem levar uma vida relativamente normal, não parar seu ganha pão. A quarentena é muito interessante para quem tem dinheiro no banco e quem tem a geladeira cheia. Os pobres sofrem muito com a quarentena”, destacou.

Criticou Bruno Covas

Osmar Terra aproveitou a oportunidade para alfinetar o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que em um pronunciamento falou sobre a capacidade funerária do município, tendo autorizada a abertura de 13 mil novas valas e 38 mil novas urnas funerárias.

“Esse tipo de postura sem explicar nada para a população, só assustando, isso não serve para nada, a não ser para assustar. Isso é um relatório que a prefeitura poderia fazer internamente se acontecesse isso que ele está prevendo, mas não vai acontecer. Qual é o objetivo de dizer isso para a população? Assustar. Justificar as medidas autoritárias que estão sendo tomadas”, criticou.

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