Uma mulher de 77 anos foi a primeira vítima mortal da pandemia do novo coronavírus na Faixa de Gaza, informou o ministério da Saúde local neste sábado, 23.
Fadila Abu Reida, que sofria de várias doenças crônicas, havia retornado do Egito na semana passada e morreu no centro de quarentena instalado no cruzamento da fronteira com Rafah.
Nos últimos dias, a região teve um aumento significativo nos infectados pelo vírus - de 20 para 55 em menos de sete dias -, após semanas em que o número de pessoas infectadas praticamente não mudou, segundo a contagem oficial.
Até agora, 16 pessoas se recuperaram. O restante dos doentes - todos vindos do exterior - estão distribuídos em 16 centros de isolamento em diferentes partes de Gaza.
Desde a detecção do primeiro caso, no início de março, o movimento islâmico Hamas, que de fato controla a região, adotou medidas estritas de precaução para impedir a propagação do vírus em Gaza, que tem infraestrutura precária de saúde e economia frágil.
Essas medidas, no entanto, foram relaxadas durante o mês do Ramadã, que termina neste sábado, 23, e durante o qual todos os restaurantes e cafés reabriram ao público.
As autoridades, que depois de identificar os novos casos decidiram fechar as passagens de fronteira de Rafah (com o Egito) e Erez (com Israel), não descartam a possibilidade de impor um toque de recolher caso sejam detectados contágios fora dos centros de quarentena.
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