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Saúde

Anvisa pede a fabricantes informações sobre dose de reforço de vacina

O Ministério da Saúde afirmou nesta semana que grupos mais vulneráveis receberão a 3ª dose em setembro.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começou, nesta semana, a discutir com fabricantes da vacina contra a covid-19 a necessidade de uma dose extra do imunizante. De acordo com a agência, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Butantan, a Janssen e a Pfizer foram contatadas para tratar do assunto.

Em nota, a instituição afirmou que está fazendo uma busca ativa por dados e estudos sobre a dose de reforço, também chamada de terceira dose. O objetivo é antecipar informações para avaliar a necessidade do reforço. Em caso positivo, a agência também quer calcular quantas doses serão usadas.

O Butantan, que fabrica a vacina Coronavac, foi procurado nesta sexta-feira, 27, pela agência para apresentar informações sobre a complementação da imunização. Uma reunião entre o instituto e os técnicos da agência deve ser marcada para discussão e apresentação de estudos, cronogramas e resultados interinos.

Na sexta, as farmacêuticas Pfizer e Janssen se reuniram separadamente com o órgão. A Anvisa informou que a Pfizer apresentou dados já públicos sobre pesquisas com o imunizante. Com a Janssen, ficou acordado que as informações serão submetidas de forma contínua para que o órgão regulatório possa acompanhar todos os dados sobre o assunto. Ainda não há resultados conclusivos sobre a necessidade da dose extra.

Para a Fiocruz foram solicitadas informações sobre o andamento dos estudos relativos a doses de reforço ou revacinação. A fundação fabrica a vacina criada pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford. Assim como o Butantan, a Fiocruz também deve marcar uma reunião com a equipe técnica da Anvisa para os próximos dias.

Terceira dose

As discussões sobre a necessidade de uma terceira dose da vacina contra a covid-19 surgiram no fim do primeiro semestre deste ano. Estudos sugerem que a proteção conferida pela vacina diminui ao longo do tempo, por isso a dose extra seria necessária. O surgimento da variante delta, mais transmissível que as demais, também justifica o reforço.

No Brasil, necessidade da dose extra foi anunciada na última quarta-feira, 27, pelo ministro da Saúde Marcelo Queiroga. A cidade de São Luís (Maranhão) e o Mato Grosso do Sul já começaram a aplicar a terceira dose na população mais vulnerável.

Os Estados Unidos e Israel também já iniciaram a aplicação da dose de reforço em sua população. No Chile, os idosos que receberam duas doses da Coronavac estão sendo vacinados com uma dose extra da AstraZeneca. O Reino Unido deve começar uma campanha semelhante em setembro para que a população mais vulnerável esteja protegida antes do inverno.

A Organização Mundial de Saúde é contra a aplicação da terceira dose neste momento. Na última semana, o diretor-geral da instituição, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu aos países que adiem a dose extra para que os insumos possam chegar a países onde nem mesmo os profissionais de saúde e as populações de risco foram imunizados ainda. “A distância entre os que têm e os que não têm [acesso à vacina] só se tornará maior caso os fabricantes e líderes priorizem doses de reforço no lugar de fornecer o insumo a países de média e baixa renda”, disse.

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