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Saúde

Alepi faz audiência para discutir situação dos hospitais estaduais

A requerente da audiência foi a deputada Gracinha Mão Santa, que demonstrou preocupação com o tema.

A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) vai realizar na próxima quinta-feira (10), às 9h, uma audiência pública para discutir a concessão da administração de hospitais estaduais para a iniciativa privada. A audiência foi motivada por um requerimento da deputada Gracinha Mão Santa (Progressistas). Ela demonstrou preocupação com o assunto, em razão das críticas que vêm sendo feitas por entidades sindicais e por servidores a respeito do que chamam de privatização das unidades de saúde.

Entre os convidados para a audiência, estão o secretário estadual de Saúde, Antônio Luz; representantes do Sindicato dos Médicos (Simepi); Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (Sindespi); Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Senatepi); Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas (Sindhospi), dentre outras entidades.

Foto: Alef Leão/GP1Gracinha Moraes Souza
Deoutada Gracinha Moraes Souza, também conhecida como Gracinha Mão Santa

A parlamentar falou nessa segunda-feira (07), durante sessão na Casa, que a poupulação e os profissionais da saúde precisam de informações mais claras sobre como ocorrerá o processo de concessão. "A população, os profissionais da saúde, os estabelecimentos de saúde e os órgãos de fiscalização precisam de informações claras e transparentes sobre diversos pontos, principalmente sobre os impactos financeiros da medida para verificar se o custo da atuação privada, sendo maior que a pública, será capaz de proporcionar melhoria na prestação dos serviços hospitalares em quantidade e qualidade, bem como, saber se este custo está dentro da razoabilidade", destacou a deputada.

O que dizem os servidores do estado do Piauí

Os profissionais da saúde do estado do Piauí não veem com bons olhos a administração de hospitais por Organizações Sociais de Saúde. Em maio, a categoria realizou uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e esse foi um dos pontos reivindicados.

Na ocasião, Geane Sousa, presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde Pública do Estado do Piauí (Sindespi), afirmou que a categoria não aceita hospitais públicos sendo administrados por Organização Social (OS) que, segundo ela, visa apenas o lucro. “Não concordamos que os nossos hospitais sejam geridos por OS, nós temos profissionais competentes. O Governo está dando sinais de fracasso. Como é que o Estado reforma um hospital público e entrega para uma empresa privada? A que preço? Nenhuma empresa privada vai assumir uma responsabilidade dessas sem ter lucro. E outra coisa, o que queremos é concurso público, vamos chegar a um ponto que não vamos poder nos aposentar, tem que entrar pessoas novas por concurso público para que a gente possa ter a garantia de uma aposentadoria no futuro. Há muito mais de 10 anos não tem concurso público”, ressaltou Geane Sousa na ocasião.

O que diz o governador do Piauí, Rafael Fonteles

Em maio desse ano, o governador Rafael Fonteles participou de uma reunião com prefeitos de vários municípios do Piauí e comentou as mudanças de administração. Segundo o chefe de estado, os serviços continuarão público e os servidores não sofrerão prejuízos com a mudança.

"Queremos selecionar as melhores, nosso foco é o atendimento ao usuário do SUS, essa é a prioridade, vamos avançar. Entendemos as manifestações em contrário, mas estamos convictos que esse é o caminho que vai melhorar muito o atendimento. E não vai prejudicar os profissionais, pelo contrário, espero que tenhamos cada vez mais profissionais valorizados para prestar o serviço público, apenas a gestão é feita pela organização social, sem fins lucrativos. Esse modelo já avançou em praticamente todos os estados do Brasil", disse o governador.

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