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São Paulo pode atrasar vacinação de jovens para dar 3ª dose a idosos

Secretário da Saúde admitiu chance de reduzir ritmo da campanha dos mais jovens devido a nova demanda.

O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, admitiu nesta quinta-feira, 26, em entrevista à Rádio Eldorado, a possibilidade de atrasar o ritmo da vacinação de adolescentes sem comorbidades para dar a dose de reforço prevista para os idosos acima de 60 anos. Pelo calendário estadual, a vacinação contra a covid-19 de adolescentes sem comorbidades entre 15 e 17 anos está prevista para 30 de agosto a 5 de setembro. Já a de adolescentes entre 12 e 14 anos está prevista para começar no dia 6 de setembro e terminar no dia 12 de setembro.

Para essa faixa etária mais jovem, o único imunizante liberado é o da Pfizer, marca que também é recomendada como prioritária pelo Ministério da Saúde na aplicação da 3ª dose. O governo de São Paulo anunciou que vai aplicar a injeção extra do imunizante em idosos a partir de 6 de setembro. A data diverge do calendário do ministério, que prevê reforço a partir de 15 de setembro e alertou para o risco de falta de vacina.

“A terceira dose é necessária justamente para o grupo que produz menos anticorpos, e tende a ter uma resposta menor a qualquer tipo de vacina”, afirmou Gorinchteyn. Segundo ele, o Estado vinha desenhando um plano de ação há pelo menos quatro semanas, após observar o aumento do número de casos e internações na população parcialmente imunizada em países com predominância da cepa identificada originalmente na Índia.

O secretário diz que a imunização de adolescentes está mantida, mas vê risco de mudar o ritmo. "O que pode acontecer é que a celeridade seja reduzida, mas nós não deixaremos de vacinar a população de adolescentes sem comorbidades. Eles são importantes na disseminação, fazem um porcentual menor de formas graves, mas é obrigação do Estado proteger a saúde e a vida da população", acrescentou.

Ele afirmou que o Estado também pode comprar vacina diretamente com a fabricante caso o Ministério da Saúde não envie as doses necessárias. "Se precisar fazer a aquisição, assim faremos”, disse, lembrando os casos de aumento de infecções em países como os Estados Unidos, onde mais de 50% da população já foi vacinada com duas doses. “Temos de ter, no mínimo, 90% da população imunizada”, disse.

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