Dando sequência a série de entrevistas com os candidatos à Câmara Federal, a TV GP1 conversou, nesta sexta-feira (02), com Flávio Nogueira, do Partido dos Trabalhadores, que concorre à reeleição como deputado federal nestas eleições.
Durante a conversa, candidato falou sobre diversos temas, dentre eles, afirmou ser a favor das reformas, pontuando que elas são necessárias para a transformação da sociedade. Além disso, também se posicionou contra a privatização de instituições estatais.
O Piauí vive um dos piores momentos na segurança pública. O estado está sendo dominado pelas facções PCC e Bonde dos 40, e praticamente todos os dias é registrado pelo menos uma execução. A cidade de Teresina foi apontada, recentemente, pelo Anuário da Segurança Pública 2022 como a quarta mais violenta do país. Que projetos o senhor tem para essa área?
Veja bem, há uma ideia que a segurança é somente policiais na rua, medidas de segurança devem ser muito amplas e devem ser sempre com um bom entendimento entre o prefeito e o governador, no caso de uma capital. A segurança primeiro tem a ver com administração pública, a cidade bem iluminada, as ruas bem pavimentadas, as calçadas niveladas, para o cidadão tenha a sensação que está seguro e policiais na rua.
Candidato, um dos principais papéis de um deputado federal é a elaboração de leis para o país. Quais são os seus principais projetos caso seja reeleito?
Os projetos são muitos, né? Porque nós estamos vivendo ainda em um país em situação de desordem pública no que se concerne a segurança e a também ordem social. O povo passa fome, temos 33 milhões de pessoas passando fome, desemprego a cada dia aumenta e o país empobrecendo. Então o deputado federal, o parlamentar federal também o senador, tem que ficar atento a isso. Por exemplo, eu tenho um projeto de lei, que vai dar ao órfão de pai e mãe da pandemia, uma pensão de um salário mínimo até essa criança ou adolescente completar 21 nos de idade.
Dentre os grandes problemas enfrentados na Saúde Pública do Piauí está a falta de equipamentos, de medicamentos e até de profissionais nos hospitais regionais. Quais projetos ajudariam a solucionar esses problemas?
O responsável pela saúde é o governo federal através do SUS, o Sistema Único de Saúde, então, cabe a nós estarmos exigindo mais estrutura para o SUS, um orçamento maior, para que possa estar atendendo todos os estados brasileiros, principalmente os mais pobres, como o estado do Piauí. Para que vocês tenham uma ideia, o SUS trata de vacinação, trata de prevenção e está indo muito bem! Então, o que está faltando hoje no SUS é mais dinheiro, para que ele possa estar executando as cirurgias eletivas, como por exemplo um transplante cardíaco, ou até mesmo cirurgias bem mais básicas como uma cirurgia de vesícula, que estão programados esperando uma vaga no hospital, esperando a realização de uma cirurgia, e isso não acontece, porque o SUS nessa parte aí está sucateada. Então, eu tenho que fazer com que isso melhore, né? Eu tenho que aumentar, portanto, essa tabela do SUS, tanto a parte dos honorários médicos como os leitos hospitalares.
Candidato, nós sabemos também que os alunos piauienses são considerados aqueles que conseguem qualquer vaga em concursos nacionais. Agora, sabemos também que esse número é direcionado a alunos e escolas privadas, os alunos de escola pública acabam enfrentando a desigualdade do ensino. Como o senhor pretende melhorar essa situação principalmente em escolas do interior?
Isso existe, mas não tanto. Até porque a quantidade de alunos piauienses, o piauiense mesmo de modo geral, eles fazem o concurso aí fora, eles passam. Mas de qualquer maneira, há deficiência sim. Mas, mais uma vez, temos que saber que tudo isso depende muito do governo federal você viu há pouco tempo que o ministério da educação se preocupou mais com religião, que nada tem a ver, o estado é laico, a laicidade tem que existir. Tem muita corrupção dentro do Ministério Da Educação, recursos que deveriam vir para os estados, não estão vindo, ai os estados tem que ficar nessa penúria de estar trabalhando com um orçamento pequeno. Depois, a gente reconhece que muitos alunos do estado do Piauí, de escola pública, se destacaram nacionalmente, porque a escola de Cocal dos Alves é reconhecida nacionalmente como uma grande escola pública se os recursos são os mesmos, os professores tem o mesmo nível. Então é preciso ver alguma coisa aí de gestão. Então, o salário é importante e depois as condições do trabalho, se o estado não fizer isso, então o rendimento será pouco, e acaba que a ou outra escola se sobressai.
Durante o ano de 2022 o preço do combustível ficou muito em foco, principalmente sua instabilidade. O assunto que entrou em pauta para os brasileiros e piauienses foi a possibilidade da desestatização ou privatização da Petrobras. O senhor sendo reeleito, será contra ou a favor dessa privatização?
Sou contra a Petrobras ela tem que ser estatal, tem que ser, portanto, ter muita atenção por parte do executivo, porque é uma empresa que é patrimônio nacional, patrimônio brasileiro, e uma estatal que dá para muita gente uma segurança. Esse petróleo nós conseguimos com muita luta, tinha países estrangeiros ali na década de 40 e na década de 50, que tinha muitos países que não queria que o brasil tivesse sua proteção do petróleo, tanto é que surgiu a frase “O petróleo é nosso”. Porque países interessados em que aqui não pudesse produzir o petróleo, e acharam o petróleo lá na Bahia, depois de dizerem que não tinha petróleo. Depois descobriu que a costa do brasil tem muito petróleo e o hoje o Brasil é um dos países que mais produz petróleo. Então, a cobiça internacional, faz com [haja muita gente que ache que] aqui o petróleo, como uma empresa estatal, [impedindo que seja gerenciado por] pessoas que tenham a finalidade exclusivamente de ganhar dinheiro esquecendo o principal que é fornecer o petróleo e os derivados do petróleo baratos para a população, principalmente para os mais pobres, aqueles que não tem condição de chega em um posto de gasolina e estar enchendo o tanque de gasolina da sua moto ou do seu carrinho, para ir até a escola, levar os filhos à escola ou até mesmo ao seu trabalho.
A reforma tributária também é uma questão dentro da Câmara Federal. Inclusive na melhora ou na mudança na cobrança de impostos para a população, caso eleito como o senhor pretende mudar ou lidar com isso?
Esse é um grande problema que se arrasta durante muitos anos. Esse governo atual quando entrou prometeu fazer a reforma previdenciária, a reforma trabalhista, a reforma administrativa e a reforma tributária. Ficou apenas na reforma previdenciária, então não se pode fazer avanços se não fizermos todas as reformas. Então, é uma coisa que tem que ser bastante estudada, demorada, mas tem que ser urgentemente apresentada na Câmara Federal, é por lá que nós devemos estar trabalhando, e com certeza eu sou a favor da reforma tributária, aliás sou a favor de t0das as reformas. Nós temos que reformar, [porque] tudo isso com o tempo, há necessidade de fazermos as reformas.
Agora nós vamos iniciar a segunda parte da nossa entrevista, em que o candidato irá dizer se é apenas a favor ou contra os tópicos.
Cotas Raciais?
A favor.
Privatização do SUS?
Contra.
Privatização das universidades públicas?
Contra.
Considerações finais do candidato:
Eu sou Flávio Nogueira, acho já bastante conhecido. Sou médico, exerci durante muito tempo essa profissão, principalmente no hospital São Marcos, onde fui por 20 anos diretor clinico daquele grande hospital. Depois de toda essa clientela entrei na política partidária, fui deputado estadual, candidato a vice-governador, estou no segundo mandato como deputado federal e tentando reeleição. Então, eu peço de novo a vocês minha recondução para a Câmara Federal. Meu número é muito bom para colocar na cabeça, 1312. Eu até brinco lá com as pessoas durante minhas palestras, pois veja, é parecido com o baticum do coração, “13-12”, e se você se emocionar fica “13-12, 13-12”. Então, meu número é fácil. Decore aqui a batida do coração, 1312, que você vai levar à Câmara novamente o deputado Flávio Nogueira.
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