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Há exatamente um ano, dei início a esta coluna e hoje aproveito a oportunidade para agradecer aos que me acompanharam nesse período, em especial, àqueles que participaram com sues comentários e sugestões.

Espero que tenha podido de alguma forma trazer ao leitor alguns temas para reflexão. Se olhados pelo prisma acadêmico, nem todos os temas trazidos referiam-se diretamente às questões filosóficas, mas no dia-a-dia da vida real, qual é o tema que se relacione com a natureza humana que não seja do interesse filosófico?

Procurei trazer vários autores e pensadores de diversas correntes filosóficas, mas dois filósofos se fizeram mais presentes: Marco Aurélio e Espinoza, explico a razão.

O primeiro é o último grande representante da escola estóica e apesar de ter vivido no século I AD, sua mensagem é bem atual. Seu único livro escrito, Meditações, é um excelente recurso contra a futilidade, superficialidade e niilismo hodiernos.

Espinoza, por seu turno, é uma das melhores referências filosóficas no que se refere aos temas liberdade, serenidade e firmeza, senão vejamos a opinião de Huberto Rohden sobre Espinoza (em Ética Demonstrada à Maneira dos Geômetras – Baruch Espinoza – pág. 55):
“Uma coisa é certa: um homem que viveu integralmente a sua filosofia, como Espinoza, e dela hauriu inabalável firmeza de caráter, serenidade interior em plena tempestade e uma nunca desmentida bondade e benevolência para com todos, incluindo os seus gratuitos inimigos – esse homem deve ter encontrado em sua filosofia mais do que um interessante sistema de idéias subjetivas; deve ter experimentado a sua filosofia como a expressão de uma grande e dinâmica realidade objetiva, alicerçada na rocha da Verdade eterna e absoluta.”

Boa sorte a (nós) todos.

Londres/RU, 07 de maio de 2009.

José Anastácio de Sousa Aguiar
 

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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