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Imagem: ReproduçãoClique para ampliarMoisés e Akhenaton(Imagem:Reprodução)Moisés e Akhenaton
As informações mais conhecidas sobre Moisés, o homem que liderou o povo hebreu quando da fuga do Egito para a Terra Prometida, são oriundas da Bíblia. Segundo o Livro do Êxodo, um dos livros do Antigo Testamento, Moisés seria filho de uma mulher levita, que para poupar o recém-nascido do infanticídio ordenado pelo faraó, deixa-o em uma cesta de junco à deriva no rio Nilo. A criança teria sido encontrada e adotada pela filha do faraó, crescendo em meio à sociedade real egípcia. Posteriormente, Moisés se rebela contra o faraó e conduz o povo hebreu para a liberdade.

Pois bem, segundo alguns autores nem tudo é o que parece na história de Moisés. Um dos primeiros a questionar a história oficial foi ninguém menos que Sigmund Freud, que postulava, em seu livro “Moisés e o Monoteísmo” que o líder do povo hebreu, na verdade, era um nobre egípcio, que poderia ser um príncipe, um sacerdote ou um graduado oficial. Em qualquer das hipóteses, ele teria se inspirado na religião atonista para fundar o monoteísmo judaico.

Já Riaan Booysen, em seu livro “Thera e o Êxodo”, afirma que Moisés na verdade era filho do faraó Amenhotep III e, em conseqüência, irmão de Akhenaton, o mais conhecido faraó da 18ª dinastia, fundador do Atonismo e sucessor de Amenhotep III. De sua parte, Ahmed Osman vai mais longe ao afirmar em sua obra “Moisés e Akhenaton: a história secreta do Egito no tempo do Êxodo” que Moisés e Akhenaton seriam a mesma pessoa.

Em que pese os fortes argumentos dispostos nos referidos livros, talvez nunca saibamos a verdadeira história, entretanto caso Moisés tenha realmente sangue egípcio, mais uma vez se confirma que as guerras que tanto assolaram e assolam o Oriente Médio e redondezas, na verdade, são guerras entre irmãos.

Finalizo com Mário Quintana (em Porta Giratória, pág. 151): “O que salva a nossa triste condição de homo sapiens é que não se pode ter certeza nem da própria dúvida.”

Boa sorte a (nós) todos.
Eusébio/CE, 18 de setembro de 2013.
José Anastácio de Sousa Aguiar


*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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