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A ansiedade está adoecendo o cérebro de nossas crianças e jovens

O que antes era um problema quase exclusivo da vida adulta, hoje está cada vez mais presente nas escolas.

Vivemos uma epidemia silenciosa: a ansiedade entre crianças e adolescentes está em níveis alarmantes. O que antes era um problema quase exclusivo da vida adulta, hoje está cada vez mais presente nas escolas, nos lares e nas conversas familiares. Mas o que exatamente a ansiedade está fazendo com o cérebro dos nossos jovens?

A ansiedade constante altera o funcionamento de regiões importantes do cérebro. O sistema límbico, especialmente a amígdala cerebral — responsável por identificar perigos — passa a ficar hiperativado, como se o cérebro estivesse o tempo todo em estado de alerta. Isso gera irritabilidade, insônia, dificuldade de concentração e até sintomas físicos, como dores de cabeça, náuseas e taquicardia.

Foto: Arquivo pessoal/Demóstenes RibeiroProfessor Demóstenes Ribeiro
Professor Demóstenes Ribeiro

Além disso, o excesso de ansiedade prejudica o desenvolvimento do córtex pré-frontal — a parte do cérebro responsável pelo raciocínio, autocontrole, tomada de decisões e empatia. Em outras palavras, crianças e jovens ansiosos têm mais dificuldade de aprender, de se relacionar e de lidar com frustrações. É como se o cérebro estivesse sendo constantemente treinado para reagir com medo, e não com lógica.

Fatores como o excesso de telas, a hiperestimulação digital, a falta de contato com a natureza, a pressão por desempenho, o isolamento social e a ausência de tempo livre para brincar estão entre as principais causas desse quadro. Estamos criando gerações que sabem lidar com a tecnologia, mas não com suas próprias emoções.

É urgente resgatar hábitos que protegem a saúde mental: mais movimento, mais atividade física, mais contato humano, mais escuta e menos cobranças. Precisamos devolver às crianças e jovens o direito de viverem a infância e a adolescência com leveza, equilíbrio e saúde emocional.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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