Os primeiros anos de vida de uma criança são uma janela de oportunidade crucial para moldar hábitos alimentares saudáveis e estabelecer as bases para uma boa saúde ao longo de toda a vida. Um dos cuidados mais importantes nesse período é o controle rigoroso do consumo de açúcar.
O excesso de açúcar na infância está diretamente associado a uma série de problemas que podem surgir precocemente, como obesidade, cáries dentárias, distúrbios metabólicos e até resistência à insulina — condição que pode evoluir para diabetes tipo 2. Além disso, estudos mostram que crianças expostas precocemente a alimentos muito doces tendem a desenvolver um paladar viciado em açúcar, tornando mais difícil a aceitação de alimentos naturais e nutritivos como frutas, legumes e verduras.
Outro ponto importante é que o consumo elevado de açúcar afeta não só o corpo, mas também o comportamento e o desempenho cognitivo da criança, podendo causar agitação, dificuldades de concentração e até alterações de humor.
A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é clara: crianças menores de dois anos não devem consumir açúcar adicionado. Isso inclui bolachas recheadas, sucos industrializados, refrigerantes e outros alimentos ultraprocessados. Após essa idade, o consumo deve ser mínimo e sempre com muita cautela.
Portanto, limitar o açúcar nos primeiros anos não é uma medida radical, mas sim um ato de cuidado e responsabilidade. É nesse período que se forma o gosto alimentar, o padrão de saciedade e a relação com a comida. Criar esse alicerce saudável é investir na prevenção de doenças e na promoção da saúde ao longo de toda a vida.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
Ver todos os comentários | 0 |