A ciência vem mostrando que o exercício físico não serve apenas para emagrecer ou melhorar o condicionamento. Um dos achados mais impressionantes dos últimos anos é que a prática de atividades físicas intensas pode atuar diretamente no combate ao câncer, ajudando o corpo a destruir células cancerígenas.
Quando realizamos exercícios de alta intensidade — como sprints, treinos intervalados ou musculação pesada — o corpo reage liberando uma série de substâncias, como adrenalina, mioquinas e interleucinas. Essas substâncias têm efeito direto sobre o sistema imunológico, ativando as células de defesa do organismo, como os linfócitos NK (natural killers), que patrulham o corpo em busca de células anormais, inclusive as cancerígenas.
Além disso, a prática intensa de exercícios altera o ambiente interno do corpo, dificultando a sobrevivência e a multiplicação das células tumorais. Isso porque o aumento da temperatura corporal, a melhora da oxigenação dos tecidos e as mudanças metabólicas induzidas pelo exercício criam um ambiente hostil para essas células.
Estudos recentes mostram que pessoas que praticam exercícios vigorosos de forma regular não só têm menor risco de desenvolver câncer, como também apresentam melhor resposta ao tratamento, maior taxa de sobrevida e menor chance de recorrência da doença.
Ou seja, mais do que uma ferramenta de prevenção, o exercício físico intenso pode ser considerado um verdadeiro aliado no combate ao câncer — atuando no corpo como um remédio natural que estimula o extermínio das células doentes.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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