Um estudo recente publicado no conceituado European Journal of Nutrition acendeu um novo alerta para a saúde pública: há uma relação direta entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o aumento significativo do risco de câncer.
Os pesquisadores analisaram os hábitos alimentares de milhares de pessoas ao longo de anos e chegaram a uma conclusão alarmante: quanto maior a quantidade de ultraprocessados consumidos — como biscoitos recheados, refrigerantes, embutidos, macarrão instantâneo, salgadinhos, produtos “prontos para o consumo” e fast-foods — maior é a chance de desenvolver diferentes tipos de câncer, incluindo os de intestino, mama e pâncreas.

Segundo o estudo, os aditivos químicos, corantes, conservantes artificiais e outros compostos presentes nesses produtos parecem criar um ambiente inflamatório no organismo, favorecendo mutações celulares e enfraquecendo o sistema imune. Além disso, esses alimentos geralmente são pobres em fibras, vitaminas e antioxidantes, nutrientes essenciais para a prevenção de doenças crônicas.
Mais do que uma simples associação estatística, os autores enfatizam que a composição química dos ultraprocessados pode estar diretamente envolvida no desencadeamento de processos cancerígenos. Em outras palavras: não é apenas o excesso de calorias ou gordura que preocupa, mas sim a natureza industrial e artificial desses produtos.
Esse tipo de alimentação, infelizmente, está cada vez mais presente nos lares brasileiros. Com a rotina corrida e a praticidade das prateleiras, muitas famílias acabam trocando o alimento de verdade por embalagens bonitas e prontos cheios de promessas — e agora, comprovadamente, repletos de riscos.
A mensagem é clara: quanto mais natural for sua alimentação, menores as suas chances de desenvolver câncer. Descasque mais, desembale menos. O que parece inofensivo hoje pode custar sua saúde amanhã.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
Ver todos os comentários | 0 |