A fibromialgia é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas, marcada por dores no corpo, cansaço constante, distúrbios do sono e sensibilidade aumentada. E embora ainda não exista cura, um recurso terapêutico tem se mostrado fundamental para devolver qualidade de vida a quem convive com a doença: a atividade física regular. Mas atenção: não é qualquer exercício, nem de qualquer jeito. O corpo com fibromialgia precisa de movimento, sim, mas de forma cuidadosa, progressiva e bem orientada.
Quando a atividade física é praticada com regularidade, ela ajuda a reduzir a dor crônica, melhora o sono, combate o cansaço e ainda favorece o bem-estar emocional, graças à liberação de endorfinas — substâncias naturais que atuam como analgésicos e antidepressivos. Além disso, melhora a flexibilidade, a força, o equilíbrio e a disposição para as tarefas do dia a dia.

A melhor estratégia é combinar diferentes tipos de exercício:
- Exercícios aeróbicos leves a moderados — caminhada, natação, bicicleta ergométrica ou hidroginástica. Comece com 15 minutos e evolua até 30 a 40 minutos, de 3 a 5 vezes por semana.
- Fortalecimento muscular com cargas leves — utilizando o peso do próprio corpo, elásticos ou halteres leves. Duas vezes por semana já fazem diferença. Foque nos principais grupos musculares, com 1 ou 2 séries de 8 a 12 repetições.
- Alongamentos diários — especialmente para costas, pescoço, ombros e pernas. Isso ajuda a reduzir a rigidez muscular e melhora a postura.
A chave é a constância: 3 a 5 vezes por semana, respeitando os limites do corpo. A intensidade deve ser leve a moderada — você deve conseguir conversar durante o exercício sem ficar ofegante.
Com orientação adequada, a atividade física deixa de ser um desafio e se transforma em tratamento.
Ela devolve autonomia, alegria, força e vontade de viver. Para quem convive com a fibromialgia, o movimento certo, feito com carinho e constância, é uma verdadeira libertação.
Sim, é possível viver mais e melhor com fibromialgia — e o primeiro passo começa com o corpo em movimento.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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