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*Zózimo Tavares

O presidente Lula aposta na eleição de 18 senadores no Nordeste, conforme revela o jornal Valor Econômico, em texto do jornalista Raymundo Costa publicado no início da semana. Segundo o jornal, depois de eleger o Senado como segunda prioridade da eleição, o presidente decidiu investir na eleição dos dois senadores para as duas vagas em jogo em cada um dos nove Estados do Nordeste, região onde é maior a sua popularidade.

Para essa empreitada, além do comitê formal de campanha do PT, Lula conta com a ajuda do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), revela o jornal, destacando: " Paulista, 38 anos, médico formado pela Unicamp, Padilha fez carreira relâmpago na burocracia palaciana e hoje é um dos poucos ministros de Lula a transitar entre o Palácio do Planalto e o comitê eleitoral de Dilma". O texto prossegue:

"Depois da eleição de Dilma para presidente, a prioridade de Lula sempre foi equilibrar a balança de poder no Senado, onde enfrentou as principais dificuldades de seu governo. O exemplo mais bem acabado do poder da oposição no Senado foi a extinção do imposto do cheque, a CPMF, no final de 2007, que desfalcou o caixa do tesouro em mais de R$ 40 bilhões, estimados para o exercício de 2008. Para senadores da oposição como Heráclito Fortes (DEM-PI), a derrubada da CPMF também acabou com o projeto de terceiro mandato acalentado publicamente, à época, por setores do PT.

Primeiro o presidente teve de convencer o PT a abrir mão de candidaturas aos governos estaduais em favor de aliados, especialmente do PMDB, mais bem posicionados nas pesquisas. Depois, montar os palanques com o PT e aliados de modo a eleger a maioria da base governista no Senado.

No que se refere ao Nordeste, o objetivo de Lula é eleger 18 senadores de partidos aliados. E, de quebra, derrotar os adversários que mais criaram dificuldades para o governo do PT, como Heráclito Fortes, José Agripino Maia (DEM-RN).

Na galeria de inimigos que Lula pretende derrotar está também o senador cearense Tasso Jereissati (PSDB)."

*Zózimo Tavares é editor chefe do Diário do Povo

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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