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*Júlio César Cardoso
Imagem: Divulgação / GP1Articulista Júlio César Cardoso(Imagem:Divulgação / GP1)Articulista Júlio César Cardoso
Está em apreciação no Congresso Nacional a Medida Provisória (MP) 511, que autoriza a União a oferecer garantia para um empréstimo de até R$20 bilhões do BNDES ao consórcio construtor do Trem de Alta Velocidade (TAV), conhecido como trem-bala, que vai cobrir o percurso entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

O Brasil é um país paradoxal, de medidas de vitrine política, cujos governos maquiam o invólucro de nossa casa Brasil, dando a aparência de alinhamento com o desenvolvimento das nações de Primeiro Mundo, mas que na verdade aqui temos uma casa esburacada, com estradas vergonhosas por onde trafega a produção nacional, que a cada dia piora a situação dos empresários ou proprietários de caminhões de transportes de cargas por todas as estradas brasileiras. Esta é uma pura realidade, mas que desinteressa para não borrar a pretensiosa propaganda do governo diante dos preparativos para a realização, no Brasil, da Copa do Mundo de Futebol de 2014, e dos Jogos Olímpicos, de 2016, no Rio de Janeiro.

País que não se olha no espelho para tirar a máscara da face enganosa de incautos brasileiros, e que não tem escrúpulo de vender uma imagem progressista irreal ao estrangeiro, é um país cuja falsidade político-administrativa é bem característica de nossa cultura política tradicional brasileira.

Adia-se investimento maciço na recuperação definitiva de nossa malha rodoviária, federal, estadual e municipal, em todo o quadrante nacional, cujo quadro caótico não sensibiliza governos e nem políticos oportunistas, engravatados, de terninhos bem talhados, com os bolsos bem remunerados, e que só sabem com boa prosa fazer as cortes do governo para enganar ingênuos cidadãos. Mas para pretender deixar gravado o nome do governo em obras faraônicas enquanto outras obras extremamente urgentes e necessárias não são realizadas, aí a fonte de recursos aparece, o sol brilha em dias de chuva e a noite não é tão escura. Vamos deixar dessa demagogia, dessa hipocrisia, e primeiro arrumar a nossa casa e provê-la de obras mais urgentes e necessárias.

*Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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