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Por Deusval Lacerda de Moraes

Piauiensidade não se resume em conceito, porque é um estado de espírito. É o sentimento que une mais de três milhões de pessoas e que provoca naqueles que não são daqui enlevos de admiração e tantos outros valores comuns a cada povo. Não passa despercebida essa população sofrida, como toda população nordestina, mas que tem sobre o peito a estrela de cinco pontas do nosso brasão que simboliza a aspiração ao progresso. É amar o Piauí acima de todas as coisas, abaixo apenas de Deus que está no Céu e que em sua infinita bondade nos abençoou.

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarDeusval Lacerda de Moraes (Imagem:Reprodução)Deusval Lacerda de Moraes 
Todo piauiense telúrico deve amar os seus símbolos: bandeira, nosso brasão da estrela das cinco pontas, hino, nossas fronteiras. Ser piauiense é saber amar as nossas raízes. É prestar reverência ao bumba-meu-boi, e não fazer distinção de raça, classe social ou crença religiosa. É se sentir livre. É dançar o seu reisado. É ser comunitário. É ser da terra dos carnaubais, buritis e babassús. É respeitar os vaqueiros. É ser intrépido. É ter fé. É ter esperança no futuro. É ser o primeiro povo das Américas. É gostar de falar da nossa cultura. É preservar nossos costumes. É se alegrar pelo simples fato de ser do Piauí, cultuando a legenda do nosso brasão: Impavidum ferient ruinae, que quer dizer, As dificuldades não me amedrontam.

Piauiensidade é também apresentar as principais vantagens competitivas do Piauí. A nossa vocação para o setor primário, bem como o nosso avançado setor de serviços, de uma reconhecida evolução profissional em várias áreas do conhecimento, da riqueza cultural, das histórias e lutas, enfim, das tradições do Piauí. Estas qualidades refletem a credibilidade do que produzimos e principalmente com o desenvolvimento econômico do Brasil se torna ainda mais urgente fazermos acontecer sobre as novas perspectivas da dinâmica econômica do Piauí.

Assim, precisamos incorporar celeremente novas valorações em nossa piauiensidade para acompanhar as transformações que o mundo vem atravessando ultimamente. É aí que entra as mudanças de práticas, atitudes, posturas e compromissos da maioria de nossa classe política que, hodiernamente, não está em sintonia com os rumos exigidos pela sociedade piauiense, por ainda está aferrada ao hábito anacrônico da “farinha pouca, o meu pirão primeiro”, por não cumprir com o dever de preparar as condições de fabricação da “farinha” para todos os piauienses.

Por isso, percebemos que na atualidade o espírito da piauiensidade ainda está latente em alguns coestaduanos, não se aflorando muita vibração nesse contingente de pessoas por alegar estar cansado dos políticos que só assumem os nossos valores no período das campanhas eleitorais, mudando totalmente de foco no exercício do poder, ou seja, quando da gestão dos governos, das administrações públicas. Por esses políticos se comportarem assim, sonegam o princípio básico que a nossa classe dirigente detém: a conditio sine qua non para aprimorar o espírito da píauiensidade nas gerações subsequentes e não afugentá-lo desses piauienses por não cumprirem com as obrigações públicas mais comezinhas como temos visto nos últimos tempos.

Assim, perguntamos: qual o verdadeiro papel da nossa classe política? Não é outro que não seja cuidar bem das instituições do nosso Estado, agindo sempre com lisura, competência e buscando os resultados concretos para o desenvolvimento comum - sem uso pessoal, familiar ou dos grupos, sem criar empecilhos -, fortalecendo assim os laços que nos unem para cada um conquistar no existir piauiense vida digna, decente, com bem-estar, para legar a cada piauiense que nascer os imprescindíveis valores da piauiensidade. Sem isso, voltamos ao tempo de murici: Deus por todos e cada um por si.

*Deusval Lacerda de Moraes é Pós-Graduado em Direito

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