Você sabia que a inatividade física não afeta apenas os músculos, mas também pode desencadear um estado inflamatório crônico em todo o organismo? A ciência já comprovou que a falta de exercício regular está diretamente associada ao aumento da inflamação sistêmica — um tipo de inflamação silenciosa, de baixa intensidade, mas persistente, que pode comprometer a saúde a longo prazo.
Nosso corpo foi projetado para o movimento. Quando ficamos parados por muito tempo, principalmente de forma habitual, como no sedentarismo, nosso metabolismo se desequilibra. O tecido adiposo (gordura corporal) começa a produzir mais substâncias inflamatórias, como as citocinas pró-inflamatórias (TNF-alfa, IL-6, entre outras), que circulam pela corrente sanguínea promovendo danos às células, vasos sanguíneos e órgãos.

Esse processo está por trás de várias doenças crônicas modernas, como diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares, osteoartrite, Alzheimer e até mesmo alguns tipos de câncer. Ou seja, o sedentarismo não é apenas uma escolha de estilo de vida — é um fator de risco real para o desenvolvimento de inflamações e doenças graves.
Por outro lado, a prática regular de atividade física tem efeito anti-inflamatório. Exercícios estimulam a liberação de substâncias benéficas, chamadas de mioquinas, produzidas pelos músculos durante o movimento. Essas mioquinas ajudam a regular o sistema imunológico, reduzindo a inflamação e promovendo o equilíbrio do corpo.
Portanto, mover-se diariamente é mais do que cuidar da forma física: é uma estratégia poderosa para controlar a inflamação e proteger a saúde de maneira integral. Mexa-se — seu corpo agradece!
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
Ver todos os comentários | 0 |