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Deputados tucanos condenam novo escândalo envolvendo ex-presidente do Banco do Brasil


Por Júlio César Cardoso *

Para o conhecimento da petralhada de todos os rincões brasileiros!

Publicado no site do PSDB/MG em 28/02

A corrupção está se banalizando no governo do PT, diz Domingos Sávio

Novo escândalo no Banco do Brasil é resultado de gestão ultrapassada, diz João Leite

Os deputados tucanos Domingos Sávio e João Leite, do PSDB de Minas Gerais, criticaram, nesta terça-feira (28/02), mais uma denúncia de corrupção no alto escalão do governo federal do PT. Desta vez, o caso envolve o ex-vice-presidente do Banco do Brasil, Allan Toledo. Segundo reportagem publicada na Folha de S.Paulo, Toledo está sendo investigado por ter recebido quase R$ 1 milhão em uma conta bancária no ano passado.

Allan Toledo dirigia uma das áreas mais importantes da instituição e foi exonerado do banco, no final de 2011, por suspeita de liderar um movimento que pretendia desestabilizar o presidente Aldemir Bendine, o que gerou uma crise na cúpula da instituição.

Segundo a reportagem, o executivo teria aberto uma conta no Banco do Brasil em janeiro daquele ano por onde recebeu cinco depósitos mensais no valor total de R$ 953 mil. O dinheiro foi transferido para a conta dele por uma aposentada que tem ligação como empresários beneficiados, nos últimos anos, por vários empréstimos do BB.

O deputado federal Domingos Sávio afirmou que a corrupção está se banalizando no governo do PT com escândalos permanentes.

“Esse escândalo deve nos fazer refletir se o Banco do Brasil é do Brasil ou se é o banco do PT. Algum tempo atrás, o Banco do Brasil foi usado para pagar festa do PT. Depois usaram o banco para o mensalão do PT, fazendo publicidade fantasma e tirando milhões de reais para pagar a deputados inescrupulosos, bandidos que votavam a troco de um pagamento mensal. Agora, o vice-presidente do banco envolvido em uma história de corrupção. O governo do PT transforma-se em um escândalo permanente. A corrupção está se banalizando”, disse.

Segundo Domingos Sávio, os brasileiros têm de reagir à corrupção utilizada como regra geral no governo do PT.

“Nós brasileiros, indiferentemente de partidos e de profissão, não podemos aceitar a corrupção como uma regra geral como algo que se banalizou e ficarmos de braços cruzados aceitando e, no dia seguinte, todos baterem palmas para a presidente. Chega de enganar o povo brasileiro. Vivemos um momento vergonhoso na nossa história. Ou reagimos, ou o Brasil será uma vergonha para todos nós. Tenho orgulho de ser brasileiro, mas tenho vergonha de ser governado por um time de bandidos”, afirmou Domingos Sávio.

Gestão ultrapassada

O deputado estadual João Leite, presidente do PSDB de Belo Horizonte, lamentou mais um escândalo que, segundo ele, é resultado da gestão ultrapassada do PT que não privilegia o controle dos gastos e a transparência.

“O que mais impressiona é que além do descontrole da administração direta do governo federal, os bancos e empresas como a Petrobras não têm controle algum. Isso demonstra uma gestão ultrapassada. O símbolo da gestão moderna é o controle das contas e dos gastos públicos, a transparência. Lamentavelmente isso não existe no governo federal do PT e em suas empresas. A cada momento vemos um escândalo por conta de uma gestão que não privilegia o controle e a transparência”, disse o deputado.

Leia abaixo íntegra da reportagem publicada na Folha de S.Paulo

Depósito de R$ 1 mi para ex-vice do BB é investigado

O ex-vice-presidente do Banco do Brasil Allan Toledo, que até dezembro dirigia uma das áreas mais importantes da instituição, está sendo investigado por ter recebido quase R$ 1 milhão numa conta bancária em 2011.

Toledo foi exonerado do banco depois de ser identificado pelo governo como participante de um movimento cujo objetivo seria desestabilizar o presidente do banco, Aldemir Bendine, e ficar com seu cargo, como revelou a coluna “Painel” da Folha.

O BB abriu sindicância para apurar o caso por suspeita de lavagem de dinheiro, notificou a Polícia Federal e trocou informações sobre o caso com ela. Toledo era vice-presidente da área de Atacado, Negócios Internacionais e Private Banking do banco.

A investigação só teve início depois da demissão de Toledo pela instituição e teve como origem relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), do Ministério da Fazenda, sobre a movimentação bancária de Toledo no ano passado.

O executivo abriu uma conta no Banco do Brasil em janeiro de 2011 e recebeu cinco depósitos mensais no valor total de R$ 953 mil. O dinheiro foi transferido para a conta dele pela aposentada Liu Mara Fosca Zerey, de 70 anos.

Antes de fazer as transferências para a conta de Toledo, Zerey recebeu um depósito de R$ 1 milhão numa conta que até então havia movimentado apenas para receber o dinheiro da aposentadoria.

Quem depositou o dinheiro na conta da aposentada foi o empresário Wanderley Mantovani, que atua em vários segmentos e é sócio do dono do frigorífico Marfrig, Marcos Molina, numa usina de biodiesel, a Biocamp.

Mantovani afirma que comprou uma casa da aposentada, mas não existe registro oficial da transação em cartório. Toledo diz que atuou no negócio como procurador da aposentada e por isso movimentou o dinheiro em sua conta bancária pessoal.

O Marfrig recebeu nos últimos anos vários empréstimos do BB. O irmão do ex-vice-presidente do BB, Alex Toledo, é gerente de comunicação e marketing do Marfrig.

Disputa política

A exoneração de Toledo ocorreu em meio a uma disputa política que envolve a cúpula do e a Previ, o poderoso fundo de pensão dos funcionários da instituição.

Como a Folha informou na semana passada, o presidente do Banco do Brasil, Bendine, homem de confiança do ministro da Fazenda, Guido Mantega, acusa o presidente da Previ, Ricardo Flores, de conspirar para derrubá-lo.

O grupo de Flores diz que o presidente do BB quer um aliado na sua cadeira para ter influência no destino dos recursos do fundo de pensão.

Um dos indícios detectados pela cúpula do banco de que havia um movimento para derrubar Bendine no ano passado foi o vazamento para a imprensa de informações sobre a compra do Banco Postal pelo BB, um negócio bilionário concluído em 2011.

Uma reportagem da revista “Época” sugeriu que o negócio teria sido mal conduzido por Bendine e seus amigos enxergaram o dedo de Toledo no material publicado.

Poucos executivos do Banco do Brasil tinham informações sobre a transação. Toledo, que se aproximou de Flores nos últimos meses, era o vice-presidente mais bem informado sobre o assunto e por isso as suspeitas recaíram sobre ele. Toledo nega ter participado do vazamento.


* Júlio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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