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*Por Zé da Cruz
Imagem: Brunno Suênio/ GP1Zé da Cruz(Imagem:Brunno Suênio/ GP1)Zé da Cruz
Eu esses dias andava de cara pra cima feito jumento sem mãe, e como diz um sábio senhor: “tava na minha” e sem inspiração para escrever, aí de repente a minha nêga me deu o mote: educação, saúde, segurança, cultura; ou tudo junto?

É isso ai mano, vamo começar pela educação que é discurso de todo candidato a qualquer cargo eletivo que finge brigar por uma coisa em que ele mesmo não acredita... Duvide-o-dó se tem algum filho de deputado (a), vereador (a), secretário (a) ou coisa do gênero, número e grau, estudando em escola pública como o Domício Magalhães no miolo do quente no Promorar e adjacências. Aliás, nem professor da rede publica acredita na escola da qual faz parte, pois a grande maioria se lasca de trabalhar para pagar um colégio particular para o filho. Esses professores mesmo contribuindo com muito pouco para a formação e o aprendizado de seus alunos brigam por um aumento de salário.

Enquanto isso na sala de injustiça, o mesmo teacher quando trabalha em escola de ricos, faz das tripas coração para não desagradar ao patrão e a burguesada, ganhando muitas vezes o mesmo soldo que ganha na escola pública. Esses professores fazem acepção de pessoas, ensinando de um jeito para os ricos e de outra forma bem diferente para os filhos dos pobres. E como diz alguns manés da égua trabalhar para rico : dá status. Santa ignorância batmam!

Para a plebe não interessa se o Anglo, o Diocesano, o Dom Barreto,o Sinopse etc ganharam prêmio ou são conceituados e coisa e tal. A educação em escolas como essas é excludente porque é só para quem pode pagar. Quem não paga desce. O nosso sonho é que o Camilo Filho, o Solange Viana , o Ofélio Leitão, o Dom Helder e a finada Unidade Escolar Lourival Parente possam oferecer uma educação pública de qualidade. Infelizmente a realização desse sonho tá cada vez mais distante.

A via crucis da educação pública nas escolas estaduais começou em fevereiro e prossegue com os alunos sem aulas. Essa via crucis está sendo julgada por Pilatos lira referendada por São Molim. Os dois condenaram nossa educação pública à morte. Por eles, ela não ressuscitará no terceiro dia e nem de jeito nenhum. Se eu fosse o eterno e saudoso professor Raimundo a nota desses dois seria zero. Aliás, eu daria um zero também para o vereador cana braba, que chega nos lugares passando por cima de quem tá na frente e ainda foba. Como ele pretende uma reeleição é bom o povo começar a prestar atenção, pois o único projeto que fez foi pessoal. Para quem não sabe, ele é irmão do deputado- secretário apático nepótico que passa a vida Solano, e é primo da secretária Chica da Silva hi-tech que tá se achando a rainha do Tijuco, mesmo sabendo que a sesmaria em que ela pensa que manda é do coletivo.

Vamos ao que interessa: fico muito preocupado com a situação dos órgãos públicos do estado que pode ser considerada uma verdadeira paixão de Cristo. É durim, durim como um calvário sem fim. Quando é que esse “omi” vai acordar que não existe mais essa de tratar o governo como se fosse o império de Luis XIV, querendo ser o rei sol? Em seu castelo com direito a lorde, carrasco e como sempre não poderia faltar os pesados tributos cobrado do povo para bancar o luxo, empregos e mordomias para membros da realeza. Enquanto isso na terra, as escolas continuam fechadas penalizando o aluno de baixa renda. Pelo andar da carruagem vai dar em um despenhadeiro.

Os profissionais da saúde em stand bye podem voltar a grevar a qualquer hora. Na segurança, os agentes penitenciários brigam por melhores salários e condições de trabalho. Se eles reclamam avalie o preso que depois de ser fichado no sistema penitenciário torna-se ex- presidiário para o resto da vida e só tem oportunidade de conseguir um emprego novamente no crime, ou seja, esse preso que deveria ser ressocializado para retornar à sociedade sai da prisão muito mais revoltado e preparado para continuar na criminalidade financiada pelo estado.

A prisão deveria valer também para os políticos que labirintam o erário publico desde os que estão na torre até quando descem pela cachoeira. Eles têm cartéis de advogados financiados com o dinheiro escuso que marretaram da população. Enquanto isso a insegurança Ronda o cidadão levando-o a se esconder para não ser assaltado, humilhado por andar liso. Aliás, isso não é difícil acontecer por essas bandas onde moro.

Na cultura, a modalidade mais forte hoje é a pedra onde os noiados (usuários de drogas) são vistos com naturalidade e vivem sem identidade ou perspectiva de futuro, são cidadãos chapa branca que não tem nenhum acompanhamento, com exceção do RONE. De uma vez por todas: ou assumimos que essa epidemia do crack está devastando nossa juventude e descruzamos os braços para prevenir, reprimir e tratar esses jovens para não ficarmos o tempo todo enxugando gelo com esse papo magro de Câmara de Combate ao Crack ou então vamos esquecer tudo isso e copiar o péssimo exemplo do Rio de Janeiro muito bem lembrado por Arbex Júnior em seu artigo “Pau nos nóias” e eu afirmo quebrando no do povo .

*Zé da Cruz é poeta e liderança comunitária.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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