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A serenidade, a competência e a simplicidade de uma mulher que encantou o mundo

Artigo do desembargador Edvaldo Pereira de Moura, que é diretor da ESMEPI e professor da UESPI.

Foto: Divulgação/AscomEdvaldo Pereira de Moura
Edvaldo Pereira de Moura

Edvaldo Pereira de Moura

Diretor da ESMEPI e Professor da UESPI

O Brasil inteiro acostumou-se, na apreciação do panorama político internacional, com a postura sensata, moderada, determinada e humanitária de Ânguila Dorrotía Mérkel, primeira Chanceler da República Federal da Alemanha.

Mesmo com formação universitária científica, pesquisadora e química quântica que é, diferente de outros políticos, com formação na área humanística, Ângela Merkel, com as honras e méritos de política corajosa, humilde, inteligente e conciliadora, deu à nação alemã, a grandeza de contar, em sua representação internacional, com uma mulher extraordinária, que recebeu o merecido epíteto de A Mais Poderosa do Mundo e Líder do Mundo Livre.

Realmente, desde muito jovem, Ângela Dorothea Merkel, sempre se dedicou às ações políticas e sociais, em favor do engrandecimento da nação alemã, que havia acolhido, com irretorquível hospitalidade, os seus pais, originários da Polônia.

A, agora, ex-Chanceler da República Federal da Alemanha, Ângela Merkel é, sem dúvida, uma das maiores expressões políticas femininas do mundo moderno e grande responsável pela reabilitação do Estado alemão do pós-guerra, dos anos 1945. Um ser humano, cujo exemplo de vida, mais se assemelha a uma obra de arte, onde a sensibilidade, a inteligência, a pureza moral, a generosidade e o trabalho aguerrido e sem descanso, só pode é dignificar e comprovar a incrível capacidade da mulher e fortalecer o conceito e a respeitabilidade desse ente singular na contemporaneidade.

Não pretendemos, neste sintético texto, nos alongarmos na riquíssima biografia dessa figura humana incomparável, mas podemos resumir, em poucas linhas, a razão de nossa homenagem ao governo e ao povo alemão, tomando como símbolo da grandeza desse país, essa extraordinária figura dos nossos dias, que tão bem soube conduzir a política e a economia do seu povo, nos momentos mais tormentosos e imprevisíveis deste século.

A cientista e política, ÂNGELA DOROTHEA MERKEL, nasceu em Hamburgo, Alemanha Ocidental, a 17 de julho de 1954 e é filha de pais poloneses. Formada pela Universidade de Leipzig, em química quântica, casou-se duas vezes e não teve filhos. Sempre levou uma vida própria da classe média, morando há muitos anos no mesmo apartamento funcional, sem móveis, cozinhando a comida dela e a do marido, que também a auxilia na limpeza da casa e na lavagem de roupa, sempre à noite, quando ambos chegam do trabalho. Não faz uso de nada, que o Estado a oferece em função da representação dos cargos públicos por ela exercidos. Não usa roupa, sapatos nem joias caras. Seu atual esposo é um notável cientista, professor universitário, tão discreto quanto ela.

Com essa mesma postura pessoal, foi a Primeira Chancelar Federal da Alemanha, Líder da União Democrata-Cristã, Líder da União CDU/CSU, no Bundestag (Câmara dos Deputados Federais), Secretária Geral da União DemocrataCristã, Ministra do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear, Ministra da Família, Pessoas Idosas, Mulheres e Jovens e, ainda, Membro da Câmara dos Deputados Federais.

A notícia do seu afastamento voluntário dos negócios do Estado Alemão, sob os mais esfuziantes aplausos de seu país e de todo o mundo, pelos imensos trabalhos dedicados à paz e ao desenvolvimento econômico da Europa, como um todo, faz desse acontecimento um instante para meditarmos sobre as esperanças de um mundo melhor, caso multipliquemos, em cada parte da Terra, mulheres com a inteligência, a responsabilidade, o compromisso humanitário, o escrúpulo e a honradez pessoais, da ex-Chanceler da República Federal da Alemanha, Senhora Ângela Dorothea Merkel.

Assistimos, sob o impacto de forte e justificável emoção, as justas homenagens que foram prestadas a essa maravilhosa mulher pelo povo Alemão que, de pé, aplaudiu-a quando ela se despedia do seu importante cargo, depois de ser homenageada pela França e pela Rússia.

Os Estados Unidos da América, seguindo os exemplos da França e da Rússia, irão também homenagear, no dia 15 do corrente mês, esse ícone grandioso, que ora se despede de sua exitosa e inesquecível participação, nos assuntos públicos da política e dos negócios da República Federal da Alemanha.

Com o edificante exemplo de Ângela Merkel, é preciso que ofereçamos mais espaços às mulheres do Brasil e do mundo. Só assim é que poderemos alcançar, no âmbito dos três poderes, o progresso e a paz com que tanto sonhamos.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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