Fechar
GP1

Brasil

Taxa de criminalidade continuará alta até 2023, afirma IPEA

O estudo aponta uma lista de tendências que dificilmente serão revertidas em oito anos.

Segundo dados de um estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), as altas taxas de violência no país continuarão até 2023. A perspectiva da pesquisa se baseia em uma lista de “tendências que dificilmente serão revertidas” em oito anos.

Fácil acesso à arma de fogo, alta desigualdade social, avanço da criminalidade no interior do país, problema de governança na segurança pública, baixa confiança na polícia e outros motivos estão presentes na lista.
Imagem: Divulgação Taxa de criminalidade continuará alta até 2023, afirma IPEA(Imagem:Divulgação) Taxa de criminalidade continuará alta até 2023, afirma IPEA
O relatório “Violência e segurança pública em 2023: cenários exploratórios e planejamento prospectivo” foi divulgado nesta segunda-feira (23) e concluiu também que o endurecimento da legislação penal, diante das medidas propostas pelo Congresso, não deve diminuir o índice de criminalidade.

"A opção por uma política mais repressiva, punitivista e encarceradora (...) e maior utilização da prisão pode diminuir a nossa liberdade e aumentar a exclusão, sem reduzir as taxas de criminalidade", diz o texto.

Ainda no relatório da pesquisa é informado que a repressão policial direcionada à população mais vulnerável cria “um sentimento generalizado de injustiça” e afasta a polícia dessas comunidades.

O Instituto critica o “encarceramento em massa” a afirma que esse processo "facilita o recrutamento do jovem no negócio do crime organizado, além de permitir um aprendizado das tecnologias criminosas, cujo resultado retorna às ruas".

A pesquisa destacou a necessidade de uma ação coordenada dos três poderes, que deve ser organizada pelo Ministério da Justiça. Assim haveria um “sistema nacional de informações”, onde os Estado conduziriam a integração das políticas penais e os municípios assumiriam a gestão de ações locais contra a violência.

"É necessário avançar no planejamento, com a elaboração de um plano nacional de segurança pública e um programa de prevenção a homicídios, conforme é reforçado pelos objetivos estratégicos. Um plano facilitaria que os atores se coordenassem para o atingimento de metas, ajudaria a definir prioridades e evitar duplicidades de ações e, com um sistema de monitoramento, permitiria a correção de rumos e o acompanhamento pela sociedade", diz o texto.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.