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Polícia pede prisão do presidente licenciado da Samarco

Ricardo Vescovi e outros cinco funcionários da Samarco foram indiciados.

A sessão da Comissão de Barragens da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, ocasião em que a Polícia Civil vai divulgar o resultado do inquérito sobre o rompimento da Barragem do Fundão, da mineradora Samarco, acontece na tarde desta terça-feira (23).

A Barragem do Fundão rompeu no dia 5 de novembro e desencadeou “o maior desastre ambiental da história do país”, segundo o delegado Rodrigo Bustamante, responsável pelo inquérito. O distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, cidade onde aconteceu a tragédia, ficou totalmente destruído pela lama.
Imagem: Ricardo Moraes/Reuters Foto aérea mostra o Rio Doce inundado com lama após o rompimento de barragens da mineradora Samarco(Imagem:Ricardo Moraes/Reuters )Foto aérea mostra o Rio Doce inundado com lama após o rompimento de barragens da mineradora Samarco

A lama também atingiu outras 40 cidades mineiras e do Espírito Santo, chegando até o mar. A fauna do Rio Doce e de uma parte do oceano que foi atingido pelos rejeitos, ficou completamente devastada. Milhares de animais morreram e as cidades ficaram sem o abastecimento de água.

De acordo com a Polícia Civil, os 17 corpos resgatados e os outros dois desaparecidos são considerados vítimas de homicídio. O inquérito possui 13 volumes, somando 2432 páginas.

Durante a Assembleia, a Polícia Civil afirmou que entrou com uma representação junto à Justiça e pediu a prisão preventiva de seis funcionários da Samarco e um da consultoria VogBR pelas mortes e desaparecimentos causados com o rompimento da barragem.
Imagem: Ricardo Moraes/ReutersMariana após o rompimento das barragens(Imagem:Ricardo Moraes/Reuters)Mariana após o rompimento das barragens

Mandado de prisão

Imagem: Estadão ConteúdoClique para ampliarRicardo Vescovi, presidente licenciado da Samarco(Imagem:Estadão Conteúdo)Ricardo Vescovi, presidente licenciado da Samarco

O presidente licenciado da Samarco, Ricardo Vescovi; Kléber Terra, diretor-geral de operações da empresa; Germano Lopes, gerente-geral de projetos; Wagner Alves; gerente de operações; Wnaderson Silvério, coordenador técnico de planejamento e monitoramento; Daviely Rodrigues, gerente da Samarco foram indiciados. Samuel Paes Lourdes, engenheiro da VogBR, também recebeu mandado de prisão.



Causas do acidente


De acordo com o perito Otávio Guerra Terceiro, a causa do rompimento da barragem foi o acúmulo de água, tecnicamente chamado de liquefação. Segundo a investigação, houve elevada saturação de rejeitos depositados na barragem, falhas no monitoramento, equipamentos com defeito, número reduzido de equipamentos de monitoramento, elevada taxa de alteamento anual da barragem, assoreamento do dique 02 e deficiência junto ao sistema de drenagem.


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