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PF pede que marqueteiro do PT e mulher continuem detidos

De acordo com a PF, o pedido também serve para uma funcionária da Odebrecht. Todos foram presos na 23ª fase da Operação Lava Jato.

Nesta sexta-feira (26), a Polícia Federal pediu a prorrogação por mais cinco dias da prisão do marqueteiro João Santana, da mulher dele, Monica Moura e da funcionária da Odebrecht Maria Lúcia Tavares. Os três foram detidos na 23ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Acarajé.

A Operação Acarajé apura o recebimento de US$ 7,4 milhões pelo marqueteiro João Santana em conta não declarada na Suíça. A PF suspeita que o dinheiro recebido seja oriundo do esquema de corrupção da Petrobras e tenha sido pago ao marqueteiro como pagamento por serviços eleitorais prestados ao PT.
Imagem: Geraldo Bubniak/AGBJoão Santana e Mônica Moura(Imagem:Geraldo Bubniak/AGB)João Santana e Mônica Moura

O marqueteiro do PT, em depoimento à PF, negou a acusação de ter recebido qualquer valor do trabalho nas campanhas presidenciais no Brasil nesta conta na Suíça. Fábio Tofic, advogado de Santana, afirmou que o dinheiro recebido nas campanhas eleitorais brasileiras foi declarado para a Justiça Federal.

A Polícia Federal informou que ainda há muito material a ser analisado e por esse motivo é importante mante o casal e a funcionária presos. "Devido ao grande volume de material apreendido, apenas uma análise preliminar foi passível de ser realizada até o presente momento. Ainda que preliminar, a análise do material, aliadas às declarações coletadas em sede policial, permite demonstrar a necessidade de prorrogação da medida cautelar de prisão temporária em relação a parte dos investigados".

Odebrecht

Parte deste recurso teria vindo de offshores ligada à Odebrecht, que é investigada pela Lava Jato e tem funcionários presos. O presidente licenciado Marcelo Odebrecht também está preso.

Segundo informações da PF, a funcionária da empreiteira Maria Lucia era responsável pelos pagamentos indevidos realizados pela empresa.

“Os documentos analisados não só demonstram que Maria Lúcia em algum grau gerenciava a contabilidade paralela da Odebrecht, destinada ao pagamento de vantagens indevidas, mas também que Maria Lúcia tem pleno conhecimento de que o codinome FEIRA – referido na planilha e também nas anotações de Marcelo Bahia Odebrecht – se refere ao casal João Santana e Monica Moura”, diz a PF.

Uma planilha com sete pagamentos que somam R$ 4 milhões da Odebrecht a Santana entre 24 de outubro e 7 de novembro de 2014 também foi mencionada no documento para embasar pedido à Justiça Federal.

A origem dos saldos ainda não foi esclarecida e a PF disse que o que chamou atenção foi os valores e os períodos do pagamento.

"Chama a atenção não só a quantidade e os valores vultuosos dos pagamentos feitos em favor de feira, mas também o fato de que se tratam de pagamentos recentes, realizados já posteriormente ao início da Operação Lava Jato, e também posteriores à primeira medida de busca e apreensão executada em sedes do Grupo Odebrecht no âmbito desta operação”.

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