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PF pede transferência de Bumlai e Corrêa para presídio no Paraná

Delegado alegou dificuldade de espaço na carceragem para manter presos.

O juiz federal Sérgio Moro recebeu ofício da Polícia Federal requerendo a transferência de dois presos da Lava Jato para o Complexo Médico Penal (CMP), no sistema prisional do Paraná. O pedido vale para o pecuarista José Carlos Marques Bumlai e para o ex-deputado federal Pedro Corrêa.
Imagem: Rodolfo Buhrer/Reuters e Geraldo Bubniak/AGB/EstadBumlai e Pedro Corrêa(Imagem:Rodolfo Buhrer/Reuters e Geraldo Bubniak/AGB/Estad)Bumlai e Pedro Corrêa

O pedido é desta quarta-feira (3) e foi feito pelo delegado Igor Romário de Paula. O delegado alegou dificuldade de espaço para justificar a transferência. "Tendo em vista que a carceragem da Polícia Federal se destina tão somente a presos provisórios ou para custodiados em eventual risco, bem como a limitação de espaço que dificulta a movimentação de presos em flagrante e de eventuais operações policiais, solicito a Vossa Excelência autorização para remoção dos seguintes presos para o Complexo Médico-Penal", disse.

O complexo é uma penitenciária de regime fechado, com finalidades médicas e fica localizado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Pedro Corrêa

Em abril de 2014, Corrêa foi condenado pela Justiça Federal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro a 20 anos, 7 meses e dez dias de prisão. Ao ser preso na Lava Jato, á cumpria pena de 7 anos e 2 meses em regime semiaberto no processo do Mensalão.

O juiz federal Sérgio Moro afirma que o ex-deputado recebeu pelo menos R$ 11,7 milhões no esquema de corrupção. De acordo com o juiz, apenas um dos repasses chegou a R$ 2 milhões. Além dos 20 anos e sete meses de prisão, Pedro Corrêa tem multas que somam R$ 2.248.530.

Bumlai


O pecuarista foi preso na 21ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em 24 de novembro de 2015. Por enquanto, Bumlai é réu em apenas um processo e responde pelos crimes de corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.

Durante o depoimento dado à PF, em dezembro de 2015, o pecuarista confessou fraude na quitação de um empréstimo de R$ 12 milhões feito por ele no Banco Schahin. Ele disse também que o dinheiro seria para pagar dívidas de campanha em Campinas (SP) e para “caixa 2” do PT.

O empréstimo deveria ter sido pago em novembro de 2005, mas não aconteceu. Os valores só foram quitados após o Banco Schahin conceder empréstimo de R$ 18 milhões à empresa AgroCaieras, do próprio Bumlai.

Os novos valores do empréstimo ultrapassaram R$ 20 milhões, seguiram sem pagamento até janeiro de 2009, quando foi feito um contrato de venda de embriões de gado bovino das fazendas de Bumlai para empresas do Grupo Schahin.

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