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Lula participa de ato e afirma que foi condenado sem cometer crime

Lula afirmou que estava ciente que o seu recurso não seria aceito. “Nunca tive nenhuma ilusão. Houve pacto entre Poder Judiciário e imprensa, que resolveram que era hora de acabar com o PT",

Após ser condenado a 12 anos e 1 mês de prisão pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de um ato na Praça da República, em São Paulo. Milhares de manifestantes participam do evento em prol do ex-presidente que foi organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento Sem-Terra (MST).

Sem a tradicional blusa vermelha e vestindo uma roupa preta, o ex-presidente Lula discursou para os manifestantes em um palco que foi montado na Praça da República. Segundo o Estadão, Lula afirmou que estava ciente que o seu recurso não seria aceito. “Nunca tive nenhuma ilusão. Houve pacto entre Poder Judiciário e imprensa, que resolveram que era hora de acabar com o PT", afirmou Lula.

Ele votou a afirmar que não cometeu crime. "A decisão de hoje... qualquer advogado ia dizer: 'Lula, você tem que respeitar a decisão'. O que não respeito é a mentira pela qual tomaram decisão. Eles sabem que eu não cometi crime. Quero que me mostrem qual é o crime que o Lula cometeu", afirmou o ex-presidente.

  • Foto: Henrique Barreto/Futura Press/Estadão ConteúdoO ex-presidente Lula participa do ato em sua defesa na Praça da RepúblicaO ex-presidente Lula participa do ato em sua defesa na Praça da República

"Eles têm que saber de uma vez por todas: parem com essa bobagens e achar que é o Lula que tem que ser condenando. Porque o Lula é insignificante. Grande é a consciência do povo brasileiro que começa a mostrar que não aceita mais subserviência", destacou

Sobre a sua candidatura à presidência, ele esclareceu que o ato na Praça da República não se trata de eleição. "Quando cheguei aqui estava ouvindo um morador que não sei quem é e ele falava que eleição sem Lula é fraude. Fiquei preocupado porque a pessoa pode sair com a impressão que esse ato aqui é um ato de campanha eleitoral. Esse ato é infinitamente maior que um ato de eleição. É um ato em defesa da soberania nacional. Esse é um ato em defesa do Brasil", destacou.

"Não sou nenhum homem radical. Sou moderado demais. Mas eles não estão acostumados a julgar um inocente. Para mim, esse julgamento é uma oportunidade de eu viajar o Brasil e começar a discutir com o povo o que a gente já teve, está perdendo e precisa voltar a ter", disse Lula.

O ex-presidente destacou o interesse de disputar a eleição. "Eu já tinha sido presidente e aprovado, mas estou percebendo que o que estão fazendo é evitar que eu possa ser candidato. Não é nem ganhar, é que eu possa ser candidato. Agora eu quero ser candidato à Presidência da República. Eu agora tenho vontade de ser. Eles podem caçar o direito de ser candidato. Não quero disputar com a caneta deles, quero disputar com a consciência do brasileiro."

  • Foto: Militantes de movimentos sindicais e populares realizam ato na Praça da RepúblicaJF Diorio/Estadão ConteúdoJF Diorio/Estadão Conteúdo
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