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Gilberto Carvalho diz que Lula pretendia comprar sítio em Atibaia

O ex-ministro disse que Luiz Inácio Lula da Silva cogitou comprar o sítio Santa Bárbara, em Atibaia, mas desistiu por achar que ficava “muito longe”.

Em depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (9) Gilberto Carvalho, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, afirmou que Luiz Inácio Lula da Silva cogitou comprar o sítio Santa Bárbara, em Atibaia, mas desistiu por achar que ficava “muito longe”.

“Ele falou ‘eu tô com uma dúvida, porque a Marisa gosta muito daqui e o Fernando (Bittar) está até disposto a vender pra gente, mas não sei se é o caso, porque essa chácara é muito longe, eu preferia alguma coisa mais perto da Billings’, onde eles tinham uma pequena chácara”, afirmou Gilberto.

  • Foto: Jose Lucena/Futura Press/Estadão ConteúdoEx-presidente LulaEx-presidente Lula

Segundo o ex-ministro, Lula teria afirmado isso após participar de uma festa junina no sítio e segundo ele, esta foi a única vez que ele andou na propriedade. O depoimento de Gilberto Carvalho concorda com o depoimento do ex-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que conversou com a PF na última segunda-feira (7).

O ex-ministro disse ainda que durante a conversa que teve com o ex-presidente, ele relatou que o dono do sítio, Fernando Bittar, havia afirmado que a família poderia usufruir do sítio “como quiserem”. “Ele me relatou, naquele momento, que no dia 15 de janeiro eles estavam no Guarujá de férias e a Marisa chamou a ele dizendo que havia uma surpresa pra ele, que era o Fernando oferecendo uma chácara pra eles usarem como quisessem”, afirmou.

Ainda segundo Gilberto Carvalho, os assessores de Lula tinham “um certo desespero” pelo sítio, tendo em vista que com o fim do mandato do petista, precisaria de um lugar para guardar o acervo presidencial. Parte do acervo foi realmente mandado ao sítio em Atibaia.

“Então, de tudo que eu sei, eles acabaram falando com o Fernando, e o Fernando emprestou a chácara para que eles usassem. O Fernando, como eu disse, é da intimidade deles’, disse o ex-ministro.

Denúncia

A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) acusa o ex-presidente de receber propina por meio de reformas e obras feitas no sítio. As empreiteiras OAS, Odebrecht e Schahin foram responsáveis por fazer benfeitoria na propriedade.

Minutas de compra

Durante a Operação Aletheia, da PF, deflagrada em março de 2016, foi encontrada uma minuta de compra datada de 2012, que foi apreendida no apartamento do ex-presidente em São Bernardo do Campo. Segundo o documento, o casal compraria o sítio por R$ 800 mil.

Segundo depoimento de João Nicola Rizzi, cartorário testemunha no processo, foi feita ua minuta de venda com data de 2016 a pedido de Roberto Teixeira, que venderia terras de Bitta no valor de R$ 1.049.500.

Nas minutas o nome do comprador está em branco, mas segundo Rizzi, Roberto Teixeira havia afirmado que os documentos seriam assinados por Lula e Marisa.

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