Fechar
GP1

Brasil

Edson Fachin vota a favor de prisão em segunda instância

Ministro afirmou que seria 'inviável' sustentar que as prisões só possam ser cumpridas após trânsito em julgado.

O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, votou nesta quarta-feira, 23, a favor da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. A medida é considerada um dos pilares da Lava Jato no combate à impunidade.

A sessão foi suspensa temporariamente pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, para o intervalo regimental. Até o momento, dois ministros votaram favoravelmente à execução antecipada de pena – Fachin e Alexandre de Moraes. O relator das três ações analisadas pelo plenário do STF, ministro Marco Aurélio Mello, se posicionou contra a medida, sob o argumento de que a prisão só deve ocorrer após o esgotamento de todos os recursos (trânsito em julgado).

“É inviável sustentar que toda e qualquer prisão só pode ter o cumprimento iniciado quando o último recurso da última Corte constitucional seja analisado”, disse Fachin, destacando que do julgamento “não haverá declaração de inocência de quem quer que seja”.

“Não desconsidero que o atual sistema prisional brasileiro constitui um verdadeiro estado de coisas inconstitucional (quadro insuportável e permanente de violação de direitos fundamentais a exigir intervenção do Poder Judiciário), mas essa inconstitucionalidade não diz respeito à prisão, mas a toda e qualquer modalidade de encarceramento”, observou.

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Alexandre de Moraes vota pela prisão em 2ª instância

Marco Aurélio vota contra prisão após condenação em 2ª instância

STF retoma julgamento sobre prisão após condenação em 2ª instância

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.