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PF mira núcleo financeiro do PCC e bloqueia 400 contas da facção

Cerca de 180 policiais cumprem 85 mandados nos Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça, 6, a Operação Cravada para desarticular o núcleo financeiro do PCC, responsável pelo recolhimento, gerenciamento e emprego de valores para financiamento de crimes nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.

Cerca de 180 Policiais Federais cumprem 55 mandados de busca e apreensão, 30 mandados de prisão em sete estados – São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.

Dos 30 mandados de prisão, oito são cumpridos em presídios – três em São Paulo, um no Mato Grosso do Sul e quatro no Paraná. Até o momento, 18 prisões já foram realizadas.

No Paraná as ordens são cumpridas nos municípios de Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá, Centenário do Sul, Arapongas, Londrina, Umuarama, Pérola, Tapejara, Cascavel e Guarapuava.
Já no Estado de São Paulo, os policiais cumprem mandatos em Praia Grande, Itapeva, Osasco e Itaquaquecetuba, Hortolândia, na capital paulista e no presídio de Valparaíso.

A ação tem apoio do Ministério Público do Estado do Paraná, GAECO/SP, Departamento Penitenciário Federal, Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo e Polícia Militar do Estado de São Paulo,

Segundo a PF, a investigação teve início em fevereiro deste ano, com base em informações sobre a existência de um núcleo financeiro da facção criminosa na Penitenciária Estadual de Piraquara, no Paraná.

A apuração constatou que o núcleo é responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a Facção Criminosa em âmbito nacional. Os pagamentos – também chamados de “rifas”- eram repassados à Organização Criminosa por intermédio de diversas contas bancárias e de maneira intercalada, com uso de medidas para dificultar o rastreamento.

A investigação indica a circulação de aproximadamente 1 milhão de reais/mês nas diversas contas utilizadas em benefício do crime.

Foram identificadas e bloqueadas mais de 400 contas bancárias suspeitas em todo o país. Os valores que transitavam entre as contas bloqueadas eram utilizados para pagar a aquisição de armas de fogo e de entorpecentes para a facção, além de providenciar transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da Facção em locais próximos a presídios.

A Polícia Federal indicou que os investigados podem responder pelos crimes de Tráfico de Entorpecentes, Associação para o Tráfico, Organização Criminosa, entre outros.

O nome da operação faz referência a uma jogada de xadrez em que uma peça, quando ameaçada de captura pela peça adversária, fica impossibilitada de se mover, em razão de haver uma peça de maior valor em risco. “De igual forma, a operação deflagrada hoje visa sufocar as reações das lideranças de Facções Criminosas, atingindo os núcleos importantes de comunicação e de gerenciamento financeiro”, indicou a PF.

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