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PF faz buscas contra ex-fiscal da Receita por lavagem de propina

Agentes cumprem 13 mandados de busca e apreensão, em São Paulo, Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Ibiúna e Guarujá.

A Polícia Federal, a Receita e Ministério Público Federal deflagraram na manhã desta quarta, 11, a Operação Coletor para investigar supostos crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e ato de improbidade administrativa, que teriam sido cometidos por ex-auditor-fiscal da Receita Federal em conluio com seu grupo familiar.

Agentes cumprem 13 mandados de busca e apreensão, em São Paulo, Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Ibiúna e Guarujá. As ordens foram expedidas pela juíza Fabiana Alves Rodrigues, da 10ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, que determinou ainda o bloqueio de contas bancárias dos investigados, além de veículos e mais de 130 imóveis, até o limite de R$ 421.175.847,23.

Segundo o fisco, o valor é equivalente ao patrimônio do ex-servidor ‘construído com indícios de irregularidades’. No início deste ano, o investigado foi expulso por determinação da Corregedoria da Receita em razão de improbidade administrativa, informou o fisco.

A Receita informou que iniciou investigação sobre o ex-servidor em 2015, tendo identificado suposto esquema de sonegação de tributos mediante a omissão da verdadeira origem dos recursos auferidos, além de ‘um sofisticado sistema de lavagem de dinheiro teria sido construído com o uso de 52 empresas, todas com atuação preponderante no ramo imobiliário’.

“A criação de tantas empresas visava fragmentar entre elas o patrimônio imobiliário do investigado, dificultando a atuação do Fisco. Para dar aparência de legalidade, uma parte dos tributos incidentes era recolhida. Os recursos eram divididos como supostos lucros lícitos aos sócios. A Receita Federal identificou, inclusive, empresas que distribuíram lucros em valores maiores do que os movimentados em suas contas bancárias”, informou o fisco.

Em 2018 foi instaurado inquérito policial sobre o caso na Delegacia de Polícia Federal em Sorocaba para apuração de possíveis crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, associação criminosa, dentre outros.

O objetivo da ‘coletor’ é juntar provas acerca de possível crime de lavagem de dinheiro, tendo por base eventuais crimes antecedentes de corrupção passiva, sonegação fiscal ou outros crimes contra a Administração Pública, afirmou a PF.

A corporação indicou que o nome da operação, ‘Coletor’, faz menção à ‘denominação utilizada, no passado, para designar arrecadadores de tributos’.

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