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Allan dos Santos sobre mandado de prisão: “perseguição abjeta”

O jornalista teve prisão preventiva decretada no dia 05 de outubro pelo ministro Alexandre de Moraes.

O jornalista Allan dos Santos, que teve prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se pronunciou na noite desta quinta-feira (21), e classificou a determinação da Corte Suprema como uma “perseguição abjeta”.

De acordo com a revista Oeste, durante entrevista à rádio Jovem Pan Allan dos Santos foi questionado se iria pedir asilo político em algum país, considerando que o Ministério da Justiça deve iniciar imediatamente o processo de sua extradição dos Estados Unidos, onde ele está morando atualmente.

Foto: Reprodução/TV CâmaraAllan dos Santos
Allan dos Santos

“Todos os passos jurídicos que eu vou dar a partir de hoje não serão publicizados, quanto mais erros eles cometem, mais eu posso provar que eles estão fazendo uma perseguição pura e simples. Abjeta, inclusive. Não vou dizer a eles quais serão meus próximos passos”, afirmou o jornalista do Terça Livre.

A embaixada dos Estados Unidos e a Interpol foram acionadas, as Allan dos Santos disse confiar que a Interpol não acolha a determinação do STF. “Há casos recentes provenientes de Venezuela, China, Equador, e a Interpol não aceitou. Até agora, o que nós temos é o Alexandre de Moraes pedindo ao Ministério da Justiça e à Interpol para que o desejo dele seja concluído. Existe um abismo até aí. Ainda existem leis e instituições que querem proteger os direitos fundamentais e a liberdade de opinião”, enfatizou.

Para o jornalista, há uma evidente “perseguição” do Judiciário brasileiro contra determinado grupo do espectro político-ideológico. “Nós não podemos permitir que um grupo seja selecionado para ser perseguido. Que um tipo de jornalismo não possa existir. Que um tipo de crítica não possa existir”, colocou.

“Não sei o motivo”

Allan dos Santos disse que, até o momento, não recebeu nenhuma notificação oficial sobre a prisão preventiva e só ficou sabendo do caso por meio da imprensa. “Só fiquei sabendo por causa da imprensa. Até que eu realmente possa saber, por um documento, se a Interpol vai aceitar ou não esse pedido, qualquer decisão que eu tomar vai ser muito tranquila, com a consciência tranquila de um jornalista que exerce a profissão. Não sei o motivo ainda [do pedido de prisão]. É tudo aquela narrativa de gabinete do ódio, que já foi devidamente respondida nas redes sociais. A decisão é esta: ‘ele falou algo que eu não gostei e, por isso, eu vou prendê-lo’”, ressaltou.

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