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Governador do Rio de Janeiro diz que máfia atua no Estado

A declaração foi feita um dia após a execução de três médicos na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta sexta-feira (6) que o Estado não está mais lidando com a milícia, mas sim com uma máfia, uma organização criminosa perigosíssima. A declaração foi feita um dia após a execução de três médicos na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. Entre as vítimas estava Diego Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

Castro disse que o crime foi bárbaro e demonstrou o grau de impetuosidade dos assassinos, que agiram em um lugar público e monitorado por câmeras. Ele prestou solidariedade às famílias dos médicos e elogiou o trabalho da Polícia Civil, que segundo ele, já tem a linha de investigação correta para identificar os responsáveis pelo ataque. Além disso, o governador também tentou distanciar o foco de seu Estado e afirmou que a criminalidade não é um problema exclusivo do Rio de Janeiro, mas de todo o país.

"Não estamos falando mais de uma briga de milicianos e traficantes. Estamos falando de uma verdadeira máfia, uma máfia que tem entrado nas instituições, nos poderes, nos comércios, nos serviços e no sistema financeiro nacional. [...] Estamos aqui para falar de um problema que não é somente do Rio de Janeiro, é um problema do Brasil. Esse é um problema que só conseguiremos ter sucesso no combate à criminalidade se for um combate de todos. Governo federal, todos os Estados, Prefeituras”, destacou o governador do Rio.

O assassinato dos médicos chocou a sociedade e gerou repercussão na mídia e nas redes sociais. Os profissionais trabalhavam no Hospital Municipal Lourenço Jorge, em São Paulo, e estavam no Rio de Janeiro para participar de um congresso. Eles estavam em um quiosque na Barra da Tijuca na noite dessa quinta-feira (05), quando foram abordados por homens armados. Além de Diego Bomfim, Marcelo Correia Cunha e Mauro Miranda da Rocha morreram durante a ação criminosa. Um quarto médico, identificado como Frederico Zanini, sobreviveu e está internado em estado grave.

A motivação do crime ainda é desconhecida, mas há suspeitas de que os médicos tenham sido vítimas de uma disputa entre grupos criminosos que atuam na região. A Polícia Civil informou que está analisando as imagens das câmeras de segurança e ouvindo testemunhas para esclarecer os fatos. A deputada Sâmia Bomfim pediu justiça pelo assassinato de seu irmão e dos demais colegas.

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