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Proibição de operações em favelas no RJ fortaleceu facções há 40 anos

Decisão do então governador do RJ, semelhante a do STF atualmente, não se alinhou com a realidade.

A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de restringir as operações policiais em favelas do Rio de Janeiro, salvo em situações excepcionais, tem gerado debates intensos, trazendo à tona um precedente histórico. Em 1983, o então governador Leonel Brizola adotou medida semelhante, resultando no fortalecimento do Comando Vermelho como uma das principais facções criminosas do país.

Brizola, durante seu governo, argumentava contra a violência policial em operações na Baixada Fluminense, promovendo uma abordagem centrada na educação como forma de prevenção à criminalidade. No entanto, essa estratégia não se alinhou à realidade, com os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps) tornando-se bases para o tráfico de drogas.

A proibição das operações policiais na época contribuiu para o crescimento do Comando Vermelho, substituindo a Falange Vermelha como a principal facção estadual. A suspensão das ações da polícia resultou em um aumento significativo da violência, refletido em taxas de homicídios que passaram de 15,9 por 100 mil habitantes em 1983 para 20,2 em 1986.

Anos depois, durante a pandemia, o STF restringiu novamente as operações, decisão que persiste até hoje. Embora inicialmente tenha havido uma redução nos índices de violência, dados recentes indicam um aumento, reforçando o debate sobre a eficácia dessa medida.

A história evidencia que restrições às operações policiais podem ter impactos negativos a longo prazo, conforme ressaltam especialistas.

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