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Embaixada da Hungria demite funcionários após estadia de Bolsonaro

A demissão aconteceu uma semana após a publicação do The New York Times sobre a hospedagem.

Dois funcionários brasileiros foram demitidos da Embaixada da Hungria no Brasil. A demissão aconteceu uma semana após o jornal The New York Times (NYT) revelar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou dois dias hospedado na embaixada, em fevereiro.

Conforme divulgado pelo jornal Gazeta do Povo, a demissão dos servidores não foi formalmente justificada. Ambos tinham acesso em tempo real às gravações do sistema de vigilância da embaixada, que eram armazenados em uma sala, e só poderiam ser acessados através de uma senha.

Um dos demitidos atuava como secretário do embaixador Miklós Halmai, enquanto o outro trabalhava na manutenção geral do prédio. Além deles, outros cinco brasileiros trabalham no local, sendo um motorista, dois faxineiros e dois jardineiros.

A reportagem do New York Times apresentava imagens do circuito interno, que mostravam o momento da chegada e saída de Bolsonaro. Ele se hospedou na Embaixada da Hungria em Brasília por dois dias, logo após a Polícia Federal realizar a apreensão do seu passaporte.

Após a publicação dos vídeos, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu 48 horas para que o ex-presidente explicasse sua hospedagem. A defesa de Bolsonaro afirmou que seria “ilógico” sugerir que a estadia seria um pedido de asilo ou uma tentativa de fugir das investigações.

Segundo o Direito Internacional, as embaixadas são consideradas invioláveis pelas autoridades locais, ou seja, enquanto uma pessoa estiver no prédio, ela não pode ser presa ou ser alvo de mandado de busca pelas autoridades locais.

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